PrettyLittleThing lança campanha contra a agressão sexual de mulheres
A retalhista britânica PrettyLittleThing (PLT) – propriedade do Boohoo Group – está a formar uma parceria com instituições de caridade contra a violação para uma nova campanha que visa contrariar a ideia de que as mulheres que se vestem de forma provocadora "estão a pedi-las".
A campanha #MyDressDoesntMeanYes foi revelada para o Dia Internacional da Mulher, na terça-feira (8 de março), mas continuará com um enfoque "every other day” (dia sim, dia não). A empresa disse estar empenhada em "eliminar o estigma de que o que se veste dá a outra pessoa os direitos sobre o seu corpo. A sociedade deve fazer melhor".
A empresa disse que a campanha foi impulsionada por uma pesquisa que mostra que 55% dos homens acreditam que "quanto mais reveladora for a roupa que uma mulher veste, mais provável é que seja assediada ou agredida".
Acrescentou que "nos últimos 20 anos, estudos nos Estados Unidos e em todo o mundo, descobriram que psiquiatras, juízes, jurados e estudantes acreditam que uma mulher vestida com uma roupa reveladora do corpo tem mais probabilidades de ser atacada ou assediada sexualmente do que uma mulher modestamente vestida, e se for atacada, que é parcialmente responsável pela sua agressão, sendo o seu agressor menos culpado”.
A sociedade tem de fazer melhor, e quebrar verdadeiramente este estigma de que o vestir de uma mulher pode significar sempre "sim".
Houve um caso notório no Reino Unido nos anos 80, em que um juiz deixou um violador escapar à justiça e argumentou "negligência contributiva" quando uma mulher foi atacada enquanto pedia boleia.
Para chamar a atenção para estas estatísticas e ajudar instituições de caridade que apoiam vítimas de violência sexual, a PLT disse que está a lançar a campanha em parceria com instituições de caridade em todo o mundo.
Como parte disto, está a oferecer um slogan de "tote bag" com a mensagem #MyDressDoesntMeanYes e uma gama selecionada de vestidos para os quais 100% dos lucros vão para instituições de benemerência que fornecem suporte a infraestruturas de apoio a vítimas de violação e abuso sexual. O período de doação continua até 15 de março.
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