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Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
8 de nov. de 2022
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4 Minutos
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Primark volta a crescer no Reino Unido e nos EUA e enfrenta dificuldades na Alemanha

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
8 de nov. de 2022

A Associated British Foods (ABF), proprietária da Primark, apresentou na terça-feira os resultados do ano inteiro, mostrando que as vendas, margens e lucros da cadeia de moda "aumentaram significativamente à medida que o comportamento dos consumidores voltou ao normal após a pandemia".


Photo, Sandra Halliday


No geral, a receita do grupo ABF aumentou 22%, para 17 mil milhões de libras, e o lucro operacional ajustado aumentou 42%, para 1,435 mil milhões de libras.
 
Por seu lado, as vendas totais ajustadas da Primark aumentaram 43% para 7,7 mi milhões de libras. A margem de lucro operacional ajustada para o ano inteiro melhorou para 9,8%, em comparação com 7,4% anteriormente, visto que o tráfego e a densidade de vendas aumentaram significativamente. O lucro operacional ajustado da cadeia foi de 756 milhões de libras, o que se traduz num aumento de 136%.

As novas lojas impulsionam grande parte do crescimento, e as vendas anuais comparáveis da Primark situaram-se 10% abaixo dos níveis pré-pandemia de há três anos, mas 1% acima do ano passado.
 
Tudo aponta para uma crescente normalização do comportamento de compra, e a empresa afirma que as vendas em loja comparáveis e a participação de mercado no Reino Unido já estão alinhadas com os níveis pré-pandemia. A atividade comercial no Reino Unido foi forte e melhorou ao longo do ano, com um aumento de 48% nas vendas totais ajustadas. As vendas comparáveis aumentaram 13% no último trimestre.
 
As vendas totais na República da Irlanda foram 48% superiores às do ano anterior e, na Europa continental, 42%, com um aumento de 5% nas vendas comparáveis. A empresa continua a sentir dificuldades em França, no mercado ibérico e na Alemanha. No entanto, a sua decisão de se expandir em Itália foi justificada, uma vez os clientes reagiram com entusiasmo às novas aberturas.

No geral, a confiança dos consumidores europeus foi mais débil e os dados de mercado de alguns países indicam que o setor do vestuário permaneceu bem abaixo dos níveis anteriores à crise. Na Alemanha, a empresa pretende "reposicionar a Primark para aumentar o volume de vendas e tornar o negócio rentável de forma sustentável". O negócio alemão inclui lojas muito grandes, mas o volume de vendas caiu nos últimos anos e não recuperou após a pandemia, por isso o grupo está a estudar as suas localizações loja a loja.
 
Tudo isto acontece à medida que a rede continua a desenvolver os seus recursos digitais, com um novo site no Reino Unido e um projeto piloto de click & collect em 25 lojas em todo o país. O grupo espera “fazer progressos significativos no desenvolvimento digital da Primark com o lançamento do novo website melhorado em todos os mercados”.
 
E, após ter reconstruido o portefólio de novas lojas durante o último exercício, no próximo a empresa deverá inaugurar quase 100 mil metros quadrados de área de vendas.
 
Esta área inclui diversos novos espaços nos Estados Unidos. O negócio está a funcionar bem no país e alcançou vendas totais 11% superiores ao ano anterior. Todas as novas lojas tiveram um bom desempenho com vendas de lojas comparáveis 3% acima dos níveis anteriores ao coronavírus. "Esperamos quase duplicar a superfície de venda a retalho neste importante mercado em crescimento durante o próximo ano", declarou o grupo.
 

Tendências de compra 



Segundo a ABF, as vendas da Primark foram afetadas por um verão excecionalmente quente, mas o clima mais frio levou a uma melhoria dos resultados em muitos mercados.
 
Ao longo do ano, as suas lojas em retail parks continuaram a ter um bom desempenho e mais clientes regressaram às lojas de rua. A densidade de vendas nas lojas localizadas em cidades de destino "melhorou muito com o regresso do tráfego suburbano e o crescimento do turismo na temporada de verão".
 
Ao longo do ano, pijamas e loungewear venderam muito bem, com os clientes a apostarem em artigos básicos. A tendência manteve-se na temporada outono-inverno 2022.

A empresa diz ter registado "uma demanda particularmente forte" por estampados inovadores e texturas agradáveis, como pijamas e peças térmicas, leggings de felpo e o "Snuddie" (sweatshirt com capuz e manta), que reforçaram as fortes vendas do ano passado, como "best-sellers de destaque".

Além disso, sublinha uma grande demanda por produtos de colaborações exclusivas. A quarta colaboração com "Kem Cetinay foi muito bem recebida nos mercados europeus e muito forte no Reino Unido, refletindo um regresso a um look masculino informal e elegante". No Reino Unido e na Irlanda, a última coleção infantil de Stacey Solomon também arrancou bem.
 
A colaboração com a Greggs também “criou um enorme burburinho em torno da marca Primark este ano”, e a empresa irá lançar “uma terceira coleção de roupa e artigos para oferta para coincidir com a temporada de Natal”.
 
Na Península Ibérica, a marca sentiu uma grande procura dos clientes pela sua primeira colaboração com a modelo e atriz Paula Echevarría.

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