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9 de set. de 2021
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Primeira bienal de joalharia contemporânea inaugura em Lisboa já para a semana

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9 de set. de 2021

Abre portas no dia 16 de setembro, a I Bienal de Joalharia Contemporânea de Lisboa, sob o tema Suor Frio que aborda as incertezas e receios do momento. Organizada pela PIN - Associação Portuguesa de Joalharia Contemporânea, a iniciativa criada no lockdown passa por vários espaços de Lisboa, só encerrando a 20 de novembro. Conta com a participação de historiadores, investigadores, docentes e artistas multifacetados (entre outros), como o estilista Valentim Quaresma (membro da PIN); a joalheira Olga Noronha, que apresentará um dos vestidos da série Hora Suave; ou a curadora Bárbara Coutinho (diretora do MUDE - Museu do Design e da Modal).

NA HORA SUAVE | IN THE SOFT HOUR . performance


O MUDE é a única entidade museológica a criar e a expor um acervo de joalharia contemporânea em Lisboa, também parceira da Bienal, e Bárbara Coutinho escolheu fazer a abordagem sobre um colar (1965) de José Aurélio, cuja obra em joalharia mereceu uma exposição antológica na Sociedade Nacional de Belas-Artes.

Entre os destaques, e citando apenas alguns dos artistas e oradores convidados, estão: a organizadora da bienal e fundadora da PIN, Cristina Filipe (artista, investigadora, programadora, que foi docente no Ar.Co), a apresentar uma peça de 2020 da artista estónia Kadri Mälik; Teresa Morna (diretora do Museu de São Roque, parceiro há 10 anos da PIN, que cede vários espaços para exibição da mostra central Suor Frio) com a escolha de um colar (2011) de Paula Crespo; Tereza Seabra (artista, galerista, professora e uma das pioneiras da joalharia contemporânea em Portugal), refletindo sobre o colar Wish Me Luck (2021), integrado na exposição onde participa na sua galeria, com peças de mais 13 artistas convidados. 

Entre os nacionais distingue-se ainda Rui Chafes com a nova escultura Lázaro e a fotografia Hoje. Dos estrangeiros salientam-se Caroline Broahead, Daniel Blaufuks, Gisbert Stach e Ted Noten, de um programa muito extenso.


José Aurélio durante a montagem da exposição na Sociedade Nacional de Belas Artes - Foto: MUDE / Facebook


Assim sendo, durante cerca de dois meses, vão decorrer uma série de encontros, debates, seminários, residências artísticas, exposições, colóquios, masterclasses, entre outras atividades de carácter pedagógico relacionadas com a arte e joalharia contemporâneas. Como parte de um programa que se inspira na história e na tradição desta arte: a proteção física e espiritual.

O tema Suor Frio terá a exposição nuclear no Museu de São Roque e no Museu da Farmácia. Três dias de debate que colóquios sobre cada um dos temas (Corpo, Medo, Proteção), presencialmente na Brotéria ou, ainda, online, mediante inscrição no website do evento. Os dois últimos temas serão ainda tratados nas masterclasses de Christoph Zellweger e Caroline Broadhead, respetivamente, entre os dias 11 e 15 de setembro, no Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual.

Segundo a organização PIN, "o objetivo principal da bienal é motivar o estudo da história da joalharia — fazendo a ponte com outras disciplinas — e estimular a joalharia contemporânea, criando novos contextos expositivos e promovendo o encontro e o intercâmbio entre investigadores, curadores, artistas e estudantes, entre si e com o público nacional e internacional. A bienal encoraja ainda a reflexão sobre o momento complexo que atravessamos sublinhando a importância que a arte tem na vida".
 

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