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Por
AFP
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
2 de fev. de 2022
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Produtos de luxo não vendidos buscam uma nova vida

Por
AFP
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
2 de fev. de 2022

Os saldos são impensáveis e a destruição é proibida. Entre a gestão de stock, venda para funcionários, doações e reciclagem, as marcas de luxo estão a organiza-se para comercializar os produtos não vendidos.


Arquivo - Pixabay


“Grandes manobras estão em movimento há dois anos, em antecipação à implementação da lei anti desperdício que, há um mês, proíbe a destruição de produtos não vendidos", conta a especialista em Luxo Julie El Ghouzzi da Cultz Consulting. “É um tema que se tornou importante hoje em dia”, acrescenta, lembrando o escândalo Burberry em 2018.

No seu relatório anual, a marca britânica revelou que em 2017 destruiu mais de 28 milhões de quilos de mercadorias para proteger a sua marca, o equivalente a 20.000 dos seus icónicos trench coats. Após a agitação gerada por este anúncio, a marca declarou que acabaria com estas práticas no ano seguinte.

Agora, as marcas de luxo estão “extremamente cuidadosas”, disse Arnaud Cadart, diretor de Portfólio da Flornoy. “As mentalidades mudaram, já não estamos numa economia de excelência e criação desenfreada, nem na ideia de que o desperdício não importa, e que se não se vender, destruímos. Além disso, no luxo não há saldos. Os descontos podem atrapalhar o desejo da compra.”

Nesse contexto, o primeiro passo a ser dado é uma gestão rigorosa dos stocks. A Kering, proprietária de marcas como a Gucci, Saint Laurent, Balenciaga, entre outras, disse estar a investir “em tecnologias de inteligência artificial”.

Na concorrente LVMH (Vuitton, Dior, Celine...), Hélène Valade, diretora de Desenvolvimento Ambiental, destaca que "o modelo de luxo já está muito alinhado com a procura", com pouco stock. No entanto, reconhece que a lei anti desperdício exige um conhecimento ainda maior dos clientes para ajustar a procura.

Julie El Ghouzzi destaca, por sua vez, que a Louis Vuitton, principal marca da LVMH, é especialmente eficiente nessa área. “Sabem exatamente o que têm em stock e conseguem administrá-lo ao milímetro... Isso não acontece em muitas outras marcas.”

Quando, apesar de tudo, há mercadorias não vendidas, vendê-las com desconto para os funcionários pode ser uma solução: são 150.000 funcionários na LVMH, 38.000 na Kering e 16.600 na Hermès. Doações para associações também devem ser consideradas. A LVMH tem uma aliança com a Cravate Solidaire, a sua marca Kenzo com Tissons la Solidarité, Marc Jacobs em Nova Iorque com a associação Fabscrap...

Tecidos não utilizados



Também é possível reciclar produtos em novas matérias-primas. “Antes, um designer que tinha uma ideia extraordinária procurava os recursos para a implementar”, explicou Hélène Valade. “Hoje, o processo às vezes inverte-se: há alguns designers que partem de materiais existentes (coleções antigas, tecidos sem uso, restos de couro...) e têm uma ideia”, enfatiza. Assim como Virgil Abloh na Vuitton.

A LVMH também assinou uma aliança com a WeTurn, uma start-up especializada em recuperação de fibras para o fabrico de novas bobinas de fio. Na Kering, Balenciaga e Saint Laurent (para calçado) ou mesmo Alexander McQueen, desenvolveram-se projetos com a Revalorem, empresa que recicla itens não vendidos da indústria de luxo para fabricar matérias-primas. Em 2020, a Hermès, por sua vez, comercializou 39.000 produtos com uma abordagem upcycling.

“As atividades que mais destroem são a moda, a marroquinaria e a cosmética”, explica Arnaud Cadart. “Mas hoje a sua excelente saúde traduz-se mais em desabastecimento do que excedentes. Desde 2014, a Hermès não tem praticamente nada para deitar fora”, diz.

Na LVMH, Hélène Valade confirma que “os artigos de couro estão praticamente esgotados”, citando, por exemplo, uma bolsa da marca Loewe, criada a partir de sobras de couro das oficinas. Isto, apesar de custar 1.700 euros.
 

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