
Estela Ataíde
6 de jan. de 2022
Proibição de saldos custa metade das vendas aos lojistas

Estela Ataíde
6 de jan. de 2022
Face ao aumento de casos de infeção por Covid-19, a poucos dias do Natal o Governo decretou a proibição de saldos entre 25 de dezembro e 9 de janeiro. Uma decisão que já teve um impacto considerável nas vendas nas lojas físicas. Entre 26 e 31 de dezembro de 2021, o retalho e a restauração registaram uma quebra de 51,2% nas vendas em comparação com o período homólogo de 2019, antes da pandemia, indica a Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR).

Classificando a proibição de saldos como “injusta e desadequada”, a associação aponta para os "prejuízos muito significativos para os consumidores e para as empresas".
Em comunicado, Miguel Pina Martins, presidente da AMRR, sublinha que estes números confirmam os receios relativamente ao impacto da proibição, recordando que durante estes período “as empresas mantiveram a sua estrutura de custos intacta, mas as receitas caíram a pique”.
Apelando à reversão da medida, o presidente da AMRR sublinha que “este período é especialmente importante para as empresas e consumidores e é fundamental que a medida de proibição dos saldos termine".
Segundo a associação, que reúne 3500 espaços comerciais e de restauração em Portugal, a limitação de entradas nos espaços comerciais, no rácio de 1 pessoa por 5 metros quadrados, "é a medida adequada e suficiente para evitar ajuntamentos".
Sublinhando o esforço e investimento que as empresas do retalho e restauração têm feito para garantir condições de segurança e higiene nos espaços comerciais, a AMRR destaca que estes setores “têm sido dos mais penalizados ao longo destes quase dois anos, com encerramentos e limitações contínuos que têm provocado centenas de milhões de euros de perdas”.
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