Pronovias suspende atividade comercial na Rússia

Por

Eva Gracia Morales

Traduzido por
Estela Ataíde

Publicado em
8 de mar. de 2022

A onda de marcas espanholas que suspendem a sua atividade na Rússia continua, e a última a aderir foi a Pronovias. Através de um breve comunicado divulgado nas suas redes sociais, a empresa anunciou a "cessação temporária" das suas operações comerciais no país, no âmbito da crise internacional derivada da invasão da Ucrânia.

A gigante da moda nupcial explicou no domingo, 6 de março, que iria paralisar a sua atividade no mercado russo (onde atua com um espaço multimarca em Moscovo), esclarecendo que entregaria encomendas feitas antes do início da guerra na Ucrânia .
 
A empresa concluiu: “Continuamos a cumprir com o nosso compromisso com as noivas russas que encomendaram os seus vestidos antes do início do conflito. O amor vencerá a guerra.”

Assim, a Pronovias segue os passos de outras empresas espanholas com presença internacional: a Mango abriu a interdição ao anunciar na passada quinta-feira o encerramento das suas 55 lojas próprias no país, bem como a paragem da sua atividade online e do envio de mercadorias.
 
No sábado, foi a vez da Inditex e da Tendam fazerem o mesmo: o grupo galego anunciou o encerramento das suas 502 lojas na Rússia, enquanto o conglomerado que detém a Pedro del Hierro e a Cortefiel, entre outras cadeias, anunciou que iria paralisar a sua atividade no mercado, onde opera com cinquenta pontos de venda.
 
A estas soma-se a marca de joalharia catalã Tous, que conta com cerca de 60 lojas no país. “Diante das atuais circunstâncias e dada a complexidade operacional, a Tous irá cessar temporariamente a sua atividade na Rússia. O grupo de joias fecha as suas lojas, bem como o seu canal de vendas online”, explicou a empresa a 5 de março através de um comunicado de imprensa.
 
A indústria da moda como um todo está a seguir esta tendência: desde os gigantes do luxo LVMH, Kering ou Chanel até redes de distribuição como H&M ou Bestseller, todos optaram nos últimos dias por suspender as suas operações no mercado russo.