Puma prevê um bom exercício de 2022 apesar da inflação

A fabricante alemã de moda desportiva Puma anunciou na quarta-feira que espera que as vendas aumentem pelo menos 10%, excluindo efeitos cambiais, em 2022, mas alertou que as restrições relacionadas com o coronavírus e as pressões inflacionárias limitarão o crescimento dos lucros.

A Puma espera que o seu lucro operacional atinja 600 a 700 milhões de euros no próximo ano, contra 557 milhões em 2021, e declarou que em consequência disso o lucro líquido deverá melhorar.

Em janeiro, a Puma já havia anunciado vendas trimestrais preliminares e um lucro líquido acima do previsto, com as vendas do quarto trimestre a subirem 14% a taxas de câmbio constantes.

A Puma indicou que o aumento dos custos de frete e dos preços das matérias-primas, bem como as restrições operacionais devido ao coronavírus, pesariam na rentabilidade.

Bjorn Gulden, diretor-geral da Puma, declarou em comunicado: “Infelizmente, a Covid-19 continua a afetar negativamente a nossa cadeia de aprovisionamento, as pressões inflacionárias estão a ter um impacto negativo nos nossos custos e nas margens operacionais e a situação geopolítica continua muito tensa.”

"Mas, continuo muito otimista sobre o futuro do nosso setor  em geral e da Puma em particular."

Como outras marcas ocidentais, a Puma foi objeto de críticas na China por ter declarado que não compraria algodão de Xinjiang após as violações de direitos humanos contra muçulmanos uigures. Pequim nega qualquer violação de direitos humanos.

A Puma declarou que as vendas do quarto trimestre caíram 5,4% na Ásia-Pacífico, prejudicadas pelo mercado da Grande China devido às restrições relacionadas com a Covid-19 e às "tensões geopolíticas", enquanto quase todos os outros mercados da região registaram crescimento de dois dígitos.

A rival Nike indicou em dezembro que estava mais confiante quanto à atenuação dos problemas da cadeia de aprovisionamento durante o próximo ano fiscal, mesmo tendo as suas vendas caído 20% na Grande China.