Ralph & Russo resgatada por investidores americanos
Os administradores da marca de luxo Ralph & Russo terão feito um acordo de resgate com os empresários americanos por trás da Retail Ecommerce Ventures (REV), estando iminente um anúncio sobre o "complexo" acordo.

A especialista em alta costura e pronto-a-vestir para noite e noivas foi forçada a chamar os administradores há três meses, após os efeitos da pandemia devastarem o seu negócio.
A esperança de qualquer tipo de negócio havia diminuído com a saída da cofundadora Tamara Ralph em maio e a notícia, no mês passado, de que a empresa estava a tentar desfazer-se da maior parte do espaço da sua sede de Londres.
O acordo de resgate com a proprietária da Dressbarn foi anunciado pela Sky News, que avançou que a REV é um veículo criado por Tai Lopez e Alex Mehr. Outros licitantes estariam interessado em adquirir a marca.
Não está claro quais são exatamente os planos dos novos proprietários, considerando a saída de Tamara Ralph do negócio e o facto de que o cofundador Michael Russo também não parece estar envolvido.
Embora a REV tenha bastante conhecimento sobre venda a retalho, a sua experiência com empresas como Dressbarn, Stein Mart, Pier 1, Radioshack, The Book People e FarmersCart está muito longe do tipo de moda ultra luxuosa que vende um vestido por um preço médio de 50 mil libras (cerca de 58 mil euros).
A Ralph & Russo foi lançada há 11 anos pelos dois cofundadores e atraiu o investimento do empresário imobiliário Nick Candy e do multimilionário do retalho da Phones 4 U, John Caudwell. Recentemente, a proprietária da marca La Perla investiu cerca de 40 milhões de libras (46,5 milhões de euros) no negócio em troca de uma participação minoritária. A empresa de investimentos holandesa Tennor Holding BV disse em 2019 que a compra de sua participação aconteceu “na mesma linha de investimento em moda de luxo que o seu investimento na La Perla Global Management e cobre os requisitos de financiamento que a Ralph & Russo precisa para acelerar os seus planos atuais de crescimento global".
Estes planos eram ambiciosos há dois anos e pareciam eminentemente alcançáveis, já que o setor de luxo estava a crescer e as novas lojas em centros de luxo pareciam quase ter garantia de sucesso. A marca estava a beneficiar de uma onda de publicidade gerada pelas suas aparições na passadeira vermelha e patrocínio de perfil elevado, como quando Meghan Markle a usou para anunciar o seu noivado com o príncipe Harry.
Mas, como aconteceu com tantas outras empresas de moda, a pandemia expôs a fragilidade do negócio, pois os eventos de gala e casamentos de que dependia foram cancelados em todo o mundo.
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