Receita da Geox diminui 3,5% no primeiro semestre

A Geox continua a enfrentar dificuldades. O grupo de calçado italiano encerrou o primeiro semestre do ano fiscal de 2019 com uma receita de 399,4 milhões de euros, menos 3,5% do que o ano anterior, que já havia registado queda de -6,5% em 2018 e de -1,3% no primeiro trimestre de 2019. A margem operacional (Ebitda) diminuiu quase 26%, para 18,7 milhões de euros.

O grupo atribui os resultados negativos às condições climatéricas desfavoráveis observadas nos meses de abril e maio, que prejudicaram o início da temporada primavera-verão de 2019, e à simplificação da sua rede de franchising, que perdeu 10% das suas lojas nos últimos 12 meses. Apesar disso, o número de lojas operadas diretamente pela Geox aumentou para 448, contra 436 no final de junho de 2018.

O canal de atacado, responsável por 46,5% da receita do grupo, registou queda de 2,8%, enquanto as vendas no retalho (responsáveis por 44% do total) cresceram 0,8%. As lojas em regime franchising perderam 21,9% da sua faturação devido à sua racionalização, caindo para 37,9 milhões de euros, enquanto as vendas diretas e-tail aumentaram 25% no primeiro trimestre e 26% no segundo.

A Geox perdeu terreno em todos os seus principais mercados: Itália, que gerou 29,1% da receita total, registou 116,2 milhões de euros (-6,5%), devido à política de racionalização de lojas do grupo; o resto da Europa (43,8% da receita total) gerou 174,8 milhões de euros (-2,8%); enquanto a América do Norte sofreu uma queda de 8,6%, para 22,1 milhões de euros, embora as vendas online tenham aumentado 36%.

Quanto às categorias de produtos, o calçado, principal segmento de negócio da Geox (91,2% do total), perdeu 3,3%, atingindo um volume de negócios de 364,3 milhões de euros. O vestuário também caiu para 35,2 milhões (-5,8%), embora o desempenho das lojas operadas diretamente tenha sido positivo (+18%).

Receita da Geox diminui 3,5% no primeiro semestre

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