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24 de set. de 2021
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Regresso às feiras de têxtil e vestuário em Paris supera expectativas das empresas portuguesas

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Agência LUSA
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24 de set. de 2021

O ano de 2021 posiciona-se melhor do que 2019 para as empresas do setor do têxtil e vestuário nacional que esta semana voltaram a mostrar-se no salão

Première Vision ultrapassa todas as expectativas em termos de afluência e de perspetivas de negócio - MG/FNW

, em Paris.


"As empresas, em geral, vão-nos dizendo que este ano vai ser melhor do que 2019. Olhando para o setor dos bens em geral em 2021, mas particularmente no setor têxtil e do vestuário, vamos ter um ano que ultrapassa a grande queda de 2020", afirmou Eurico Brilhante Dias, secretário de Estado da Internacionalização, que ontem visitou a Première Vision, na capital francesa, em declarações à Agência Lusa.

De Portugal participam 50 empresas nesta grande feira que dita as tendências da moda já para 2022 e 2023, em termos de materiais e silhuetas, mas também acessórios e peles. Após um ano de pandemia difícil para o setor, esta apresentação está a superar as expectativas.

"A feira está a correr muito bem, ultrapassou as expectativas. Nós nunca pensámos que tivesse tantos visitantes, mas acreditávamos que as pessoas estavam ansiosas para vir tocar nos tecidos e poder ver a inovação que foi feita durante a pandemia", disse César Araújo, presidente da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção (APIV).

Num lugar de destaque num dos pavilhões desta mostra, os materiais e o design português mostraram todas as suas potencialidades com criações de estilistas nacionais e materiais sustentáveis que querem entrar nas passarelas em todo o mundo.

"A sustentabilidade é como a qualidade há alguns anos. Acaba por ser a única forma de continuar os negócios, com as questões sociais e ambientais a serem muito importantes. Há pressão por parte dos clientes e das marcas que procuram países onde a produção é feita de forma responsável", explicou Ana Tavares, coordenadora da Agenda Estratégica para a sustentabilidade no CITEVE, centro de investigação têxtil em Vila Nova de Famalicão.

Mesmo sem muitos dos visitantes americanos e asiáticos que costumavam acorrer a esta mostra, César Araújo defende que uma feira com mais europeus não prejudica Portugal.

"A Europa é o nosso mercado doméstico, a partir daí queremos explorar outros mercados, mas desde que tenham como princípios a sustentabilidade ambiental e social", defendeu.

Para Eurico Brilhante Dias, o interesse por Portugal nos mercados internacionais continuou em tempos de covid-19 e a forma como país lidou com a pandemia favoreceu mesmo a imagem dos produtos nacionais.

"Portugal foi um país que, dentro das suas dificuldades, enfrentou a covid-19 com êxito. Claro que muitas pessoas passaram muito mal, mas Portugal mostrou que é um país organizado, que enfrentou uma realidade disruptiva com sucesso", declarou o governante.

O salão de vestuário e têxtil Première Vision terminou ontem na capital francesa, tendo reunido 900 expositores, de 40 nacionalidades.

CYF // CSJ (LUSA)

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