Richemont: vendas trimestrais prejudicadas pela Covid-19 na China

A gigante suíça do luxo Richemont, proprietária da marca de joalharia Cartier, divulgou esta quarta-feira vendas trimestrais em alta de 8%, para 5,4 mil milhões de euros, travadas pela China devido à explosão no número de casos de Covid-19.

No período decorrido entre outubro e  o final de dezembro, o grupo, que publica os seus resultados de forma escalonada, viu as suas vendas na região da Ásia-Pacífico recuarem 9%, excluindo efeitos cambiais, pressionadas pela China, Hong Kong e Macau, apesar de um aumento do seu volume de negócios em todas as outras regiões do globo, indicou em comunicado.
 
Na China, as vendas caíram 24% durante o terceiro trimestre do exercício 2022/2023, com o "aumento massivo dos casos de Covid" a pesar no fluxo de clientes nas lojas, mas também na disponibilidade de pessoal, o que levou a uma "redução dos horários de funcionamento das lojas" ou ao "encerramento temporário de pontos de venda".

Em contraste, as suas vendas na Europa cresceram 19% em moedas locais no trimestre, que inclui o período das festas de fim de ano, graças à demanda local e turística, principalmente de turistas americanos e do Médio Oriente, cujo poder de compra é impulsionado por taxas de câmbio favoráveis.
 
"As performances em França, Itália e Suíça foram particularmente notáveis", sublinhou o grupo no comunicado.
 
O aumento das vendas ascendeu a 3% para a zona das Américas, com o grupo a destacar que parte das vendas se refere a viagens ao estrangeiro, graças à valorização do dólar.

Por outro lado, as compras subiram 10% na zona do Médio Oriente e África, com o Mundial do Catar a impulsionar as compras turísticas.
 
O Japão, que é contabilizado separadamente do resto da Ásia, apresentou, no entanto, o desempenho mais forte, com as vendas a crescerem 43%, novamente graças à demanda local e turística.