Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
31 de jan. de 2022
Tempo de leitura
3 Minutos
Download
Fazer download do artigo
Imprimir
Text size

Rushemy Botter e Lisi Herrebrugh deixam direção criativa da Nina Ricci

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
31 de jan. de 2022

Mudanças na direção criativa da Nina Ricci. Após três anos e meio à frente da direção artística da marca de moda do grupo Puig, os designers holandeses Rushemy Botter e Lisi Herrebrugh deixaram o cargo com o objetivo de se concentrarem nos projetos da Bota, a sua própria marca de raízes caribenhas. Conforme indicado pela marca, o fim da colaboração foi resultado de uma decisão de mútuo acordo com os designers.


Rushemy Botter e Lisi Herrebrugh - Botter


A empresa anunciou esta segunda-feira, 31 de janeiro, através de um breve comunicado: “A Nina Ricci agradece a Lisi e Rushemy pelas suas interpretações poéticas das coleções da marca, que trouxeram uma nova abordagem e um novo sentido de modernidade à Nina Ricci, nos quais continuaremos a trabalhar no futuro. Desejamos-lhes muito sucesso na expressão do seu talento com a sua própria marca e esperamos abrir uma nova direção criativa e inovadora da Nina Ricci.”

Por sua vez, os designers, que venceram o Festval de Hyères em 2018, declararam: "Após três anos e meio incríveis à frente da criatividade da Nina Ricci, decidimos de mútuo acordo encerrar a colaboração". Os criadores acrescentaram ainda os seus agradecimentos à Puig e à sua equipa pelo trabalho e apoio à Nina Ricci e anteciparam sobre os seus próximos passos: "Estamos orgulhosos por termos podido colocar a nossa criatividade ao serviço desta emblemática maison. Acreditamos que este é o momento certo para dedicar toda a nossa atenção à Botter, que entra agora num momento apaixonante e que levaremos para outro nível."

A Nina Ricci faz parte do portefólio de marcas de moda de luxo da empresa com sede em Barcelona e pertencente à família Puig, que inclui insígnias como Jean-Paul Gaultier, Paco Rabanne, Carolina Herrera e Dries Van Noten. Mais conhecida pelo seu posicionamento como especialista na criação e distribuição de fragrâncias, a empresa catalã optou, nos últimos anos, por uma progressiva renovação e rejuvenescimento da empresa fundada em 1932. Nos últimos tempos, a Nina Ricci conheceu numerosos diretores criativos, incluindo Peter Copping, Nathalie Gervais, Massimo Giussani, James Aguiar, Lars Nilsson e Guillaume Henry.


Nina Ricci - primavera-verão 2022 - Moda Feminina - Paris - © PixelFormula


O seu reposicionamento passou pelo recente encerramento estratégico da sua histórica flagship store em Paris, localizada no número 39 da Avenue Montaigne, cujas portas fechou em abril passado para se concentrar numa estratégia mais focada no caráter digital. Um plano que incluiu também o reposicionamento da marca na categoria de luxo acessível. Por exemplo, na coleção outono-inverno 2021, o volume de peças foi reduzido em 30% e os preços baixaram 20%. Ao nível da direção, em setembro passado, Charlotte Tasset Ferrec, que era diretora-geral da empresa desde 2018, deixou o cargo. Apenas alguns meses depois, foi nomeada CEO da marca de pronto-a-vestir Maje.

Por seu lado, a Puig encerrou o exercício de 2020 com um prejuízo de 72 milhões de euros, depois de ver as suas vendas caírem 24% para 1,5 mil milhões de euros devido à pandemia. Olhando para 2023, a empresa catalã pretende aumentar o seu volume de negócios para 3 mil milhões de euros. Um valor que, de acordo com os planos do grupo, deverá subir para 4 mil milhões de euros em 2025.

Copyright © 2024 FashionNetwork.com. Todos os direitos reservados.