AFP
Estela Ataíde
12 de nov. de 2020
Salvatore Ferragamo fecha terceiro trimestre com perdas e queda nas vendas
AFP
Estela Ataíde
12 de nov. de 2020
A casa de luxo italiana Salvatore Ferragamo registou um prejuízo líquido de 96 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, também marcado por uma queda de 38,5% nas vendas devido ao impacto da epidemia de Covid-19.
O seu volume de negócios nestes nove meses atingiu os 611 milhões, com uma queda de 18,9% no terceiro trimestre, segundo indicou a Ferragamo em comunicado na terça-feira.
Esta queda, que foi muito mais acentuada no primeiro semestre, é explicada pelas medidas de confinamento tomadas em todo o mundo devido à pandemia, que levou ao encerramento de lojas e à paragem das ligações internacionais e do turismo.
Tendo em conta a incerteza associada à epidemia, a marca não faz quaisquer previsões para o ano. No entanto, sublinhou que as vendas na China aceleraram novamente em outubro em comparação com o terceiro trimestre, enquanto o crescimento das vendas online continua.
A Ásia-Pacífico continua a ser o maior mercado do grupo, com 42,3% das suas vendas (excluindo o Japão). Estas caíram 30,6% em nove meses, mas as vendas nas lojas na China aumentaram 38,3% a moedas constantes no terceiro trimestre.
A região Europa-Médio Oriente-África viu o seu volume de negócios diminuir 45%, a América do Norte 45,1%, o Japão 30,9% e a América do Sul e Central 47,5%.
A casa, que sofria de um problema de posicionamento da sua marca, passou por dois anos difíceis em 2017 e 2018, antes de começar a recuperar no ano passado, mas a pandemia atrapalhou esta recuperação.
O grupo confirmou esta terça-feira os seus objetivos a médio e longo prazo, procurando "continuar a fortalecer a posição da Salvatore Ferragamo entre os líderes do mercado do luxo", ao mesmo tempo que reduz os seus custos para limitar o impacto da pandemia.
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