Salvatore Ferragamo: Leonardo Ferragamo sucede ao irmão Ferruccio como presidente
A direção da Salvatore Ferragamo permanece inalterada, exceto no que diz respeito à sua presidência. A marca de luxo italiana confirma Micaela le Divelec Lemmi e Michele Norsa nos seus respetivos cargos de diretora-geral (CEO) e vice-presidente executivo. Já Ferruccio Ferragamo cede a cadeira de presidente não executivo ao seu irmão Leonardo.
A lista de nomes apresentada pela Ferragamo Finanziaria, holding que detém 54,28% da casa florentina, para a renovação do conselho de administração do grupo confirma a vontade de preservar uma certa continuidade na gestão e põe fim, por agora, às especulações sobre uma eventual remodelação mais radical. O board, que será renovado a 22 de abril, permanecerá em vigor até ao final de 2023.
Filho mais velho do fundador Salvatore Ferragamo, Ferruccio (75 anos) ingressou no grupo familiar em 1963 e assumiu a presidência em 2006, após ter liderado a empresa durante mais de 20 anos. Deixou as funções executivas em 2020, por altura do regresso ao grupo do gestor Michele Norsa, em plena pandemia. Permanece, no entanto, presidente da Ferragamo Finanziaria.
O seu irmão, Leonardo, de 67 anos, assume as rédeas. O novo presidente ingressou no grupo em 1973, na divisão de produção de couro. Em 1976, lançou o negócio de calçado masculino e, em 1981, a divisão masculina, ocupando posteriormente diferentes cargos de responsabilidade, garantindo nomeadamente a expansão internacional da Salvatore Ferragamo.
De sublinhar a presença, no novo conselho, composto por 10 membros, contra 13 anteriormente, de dois outros membros da família. O filho de Ferruccio Ferragamo, Giacomo Ferragamo (conhecido como James), atual responsável pela divisão de Calçado e Marroquinaria de Homem e Mulher, que reintegra o board do qual saiu no ano passado. E Angelica Visconti, filha da irmã de Ferruccio e Leonardo, Fulvia Ferragamo, falecida em 2018. Esta última ocupa o cargo de diretora mundial para a venda por atacado e o travel retail.
A marca foi particularmente afetada pela crise da Covid-19, acusando em 2020 um prejuízo líquido de 72 milhões de euros. Após dois anos difíceis em 2017 e 2018, a Salvatore Ferragamo havia começado a recuperar em 2019, mas a pandemia afetou o seu volume de negócios, que ficou em 916 milhões de euros no ano passado, caindo 33,5%. Nos últimos anos, a casa tem sido constantemente alvo de especulações sobre a sua potencial venda.
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