A casa de luxo italiana Salvatore Ferragamo viu o seu lucro líquido cair 11,5% para 69,6 milhões de euros em 2022, sob o efeito da quebra das suas vendas na Ásia-Pacífico, o seu primeiro mercado.

Este resultado, divulgado na quinta-feira, é ligeiramente inferior ao consenso dos analistas da Factset Estimates, que esperavam um lucro de 71,3 milhões de euros. O volume de negócios do grupo aumentou 10,2% para 1,25 mil milhões de euros, impulsionado pelas vendas na Europa e América do Norte. O seu CEO Marco Gobbetti comentou: “Apesar de um ambiente macroeconómico volátil e complexo, continuaremos a investir para apoiar o crescimento e desenvolvimento do potencial da marca.”
 
No cargo desde janeiro de 2022, Marco Gobetti apresentou em maio a nova estratégia da marca, que visa um “aumento da faturação a médio e longo prazo, graças à crescente participação de novos e jovens consumidores”.

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Este plano prevê nomeadamente duplicar o nível de despesas de comunicação e marketing em percentagem do volume de negócios a partir de 2023. Em 2022, os custos de comunicação e marketing aumentaram 38,7% para 92 milhões de euros. Os investimentos ascenderam a 56 milhões de euros.
 
O resultado operacional (Ebit) caiu 10,8% para 127,9 milhões de euros. O calçado e os produtos de pele representaram 44,8% e 41,7% das vendas em 2022, respetivamente. As vendas a retalho aumentaram 11,3% para 923,5 milhões de euros.
 
A Ásia-Pacífico viu o seu volume de negócios cair 4,7% para 417,6 milhões de euros, principalmente devido à recuperação da pandemia de Covid-19 na China. Por outro lado, as vendas na América do Norte aumentaram 22,3% para 391,3 milhões de euros. A região Europa-Médio Oriente-África viu as suas receitas saltarem 24,7% para 261,8 milhões de euros.