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Novello Dariella
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7 de abr. de 2020
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Salvatore Ferragamo registra queda de 30% nas vendas do primeiro trimestre

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
7 de abr. de 2020

Depois de ter melhorado os resultados em 2019, e após dois anos difíceis, Salvatore Ferragamo vê o exercício financeiro de 2020 ameaçado pela crise do coronavírus COVID-19. No primeiro trimestre, as vendas caíram 30,6%, para 220 milhões de euros (-31,4% à taxa de câmbio constante).


Desfile de moda de Salvatore Ferragamo em fevereiro, em Milão. - © PixelFormula

 
"O grupo registou um sólido desempenho em janeiro, nos seus principais mercados, que se deterioraram gradualmente em fevereiro e março, primeiro na China e na Ásia, depois na Europa, América e no resto do mundo, com a rápida disseminação da pandemia", declarou a empresa, num comunicado.
 
O fecho de lojas, combinado com a diminuição do fluxo de clientes nas lojas que permaneceram em aberto, explica essa queda radical nas vendas. Na sua rede de distribuição direta, a marca registou uma queda de 28,6% na receita, enquanto no canal grossista, as vendas diminuíram 33,7% em relação ao primeiro trimestre de 2019. Este canal foi penalizado, principalmente, pelo cancelamento de pedidos, especialmente no retalho.
 
Nesse contexto, a marca com sede em Florença, adiou para 8 de maio a reunião anual originalmente prevista para 21 de abril. Além disso, o conselho de administração decidiu revogar a proposta de distribuição de dividendos para o ano fiscal de 2019. "A distribuição dos dividendos será reavaliada quando o contexto económico estiver melhor definido", disse a empresa. Por fim, um comité executivo foi estabelecido para lidar com "a emergência causada pela pandemia de COVID-19".
 
Em 2019, Salvatore Ferragamo facturou 1,38 biliões de euros, um aumento de 2,3% em relação a 2018, ano em que a marca sofreu um problema de posicionamento, e viu a facturação cair 3,4% e o lucro líquido diminuir 21,1%, após um 2017 já difícil.
 
Em entrevista publicada terça-feira (7 de abril), no MF Fashion, a líder da marca, Micaela Le Divelec Lemmi, explicou que os primeiros dias de reabertura das lojas na China geraram "muita esperança" e que é prevista uma "possibilidade de recuperação rápida".

Mas o cepticismo prevalece com o novo fecho de pontos de venda, em algumas regiões chinesas, devido ao risco de retorno da epidemia. No entanto, no canal digital, a China está a responder bem. "Parece haver um desejo real de leveza, de retornar à vida normal", observou a gestora.
 

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