Sara Sampaio pretende processar revista francesa Lui

Por

Estela Ataíde

Publicado em
24 de out. de 2017

A modelo portuguesa recorreu à sua página no Instagram para comunicar a intenção de processar a revista masculina francesa Lui por publicar, sem o seu consentimento, fotografias nas quais aparece nua. Na publicação, Sara Sampaio classificou a atitude da revista como “inaceitável”, dizendo sentir-se “violada, maltratada e desrespeitada enquanto profissional e enquanto mulher”. 

No texto publicado no Instagram, a modelo explicou que apenas aceitou fotografar para a edição de outono da revista masculina “com a condição de não haver nudez”, tendo mesmo insistido, juntamente com a agência que a representa, num acordo que protegesse essa decisão. Sara Sampaio revela que, apesar dessa cláusula, ao longo da sessão fotográfica foi “pressionada com agressividade para tirar fotografias nua”, tendo constantemente que se “defender” e reiterar os seus limites relativamente à nudez.
 
Quando, ao rever as imagens da sessão, detetou exposições acidentais de partes do corpo que não queria expor, terá sido garantido à modelo que as fotografias em questão não seriam usadas. Sara Sampaio resume: “A revista mentiu e publicou uma fotografia de capa minha com nudez, o que é uma clara violação do nosso acordo.”

A modelo adianta que desde que a revista chegou às bancas tem estado a trabalhar, em conjunto com a sua agência e advogado, para tomar medidas legais contra a Lui. “O que me fizeram é inaceitável. Sinto-me violada, maltratada e desrespeitada enquanto profissional e enquanto mulher.”
 
Na mesma publicação no Instagram a modelo revelou já se ter sentido, em ocasiões anteriores, “pressionada a posar nua” com o argumento de que havia consentido fazê-lo no passado. Explicando que tem sido, ao longo da sua carreira, “muito seletiva” com a nudez, lembra que essa é uma decisão exclusivamente sua. “Só porque consenti em posar nua no passado, isso não dá a ninguém o direito de assumir que o farei novamente em quaisquer circunstâncias. Tenho o direito de mostrar o meu corpo como, quando, onde e com o propósito que eu escolher.”

 
Com esta denúncia, a modelo diz pretender fazer o que estiver ao seu alcance para que situações semelhantes não voltem a acontecer consigo ou outros modelos. “Infelizmente, este não é um incidente isolado e não estou sozinha.”