Scalpers considera entrar no mercado financeiro para consolidar expansão territorial

A empresa têxtil Scalpers pretende entrar no mercado financeiro para consolidar a sua expansão territorial, confirmou o cofundador e CEO Borja Vázquez, que sublinhou que o objetivo é duplicar a faturação no espaço de dois anos.

O executivo da marca de moda espanhola participou numa nova edição dos "Diálogos" da Asociación Española de Directivos (AED), informou a AED em comunicado.
 
Neste encontro, Vázquez expôs alguns dos objectivos da empresa, criada em 2007, e garantiu que não descarta a entrada no mercado financeiro, mas que se trata de uma decisão condicionada para não alterar o atual ritmo de vida da empresa: "Entrar no mercado financeiro implicaria destinar parte da atividade humana a esse processo", especificou.

Apesar do bom momento que a empresa atravessa, Vázquez afirmou que não foi um processo fácil, já que apenas três anos após começar a trabalhar estourou a crise económica de 2010.
 
No entanto, após um ano e meio difícil, reconheceu que a “capacidade de persuasão acabou por convencer o capital que queria apostar na empresa” e, atualmente, a Scalpers está até a trabalhar na sua consolidação internacional, com cerca de 28% das vendas através do comércio online.
 
Em relação à estratégia de vendas online da empresa, Vázquez indicou que se trata de um "número bastante bom para a média do setor, em relação à sua capilaridade em loja física", embora tenha indicado que não sabe se chegarão aos 50% a que aspiram as grandes empresas.
 
Sobre o seu papel na empresa e o seu percurso empresarial, o cofundador da empresa têxtil disse que, embora "sempre vá estar ligado à empresa", admitiu que quer estar presente "até que se consolide internacionalmente".
 
E destacou o significativo progresso na transição de um estilo de “gestão centrado na liderança pessoal” para o atual perfil da empresa, com “uma equipa de direção de primeira linha que está presente na tomada de decisões”.