
Estela Ataíde
23 de mar. de 2018
Setor do calçado aposta na economia digital

Estela Ataíde
23 de mar. de 2018
Com o objetivo de se tornar “líder mundial na relação com os clientes, através da sofisticação do produto, da resposta rápida e ao nível de serviço”, até 2020 o setor português do calçado vai investir 50 milhões de euros em inovação através do roteiro de inovação FOOTure 4.0.

Desenvolvido pela APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos) e pelo CTCP (Centro Tecnológico do Calçado de Portugal), este programa envolve “mais de 70 entidades, entre empresas, startups, universidades, centros de inteligência e entidades do sistema científico e tecnológico”, revela a APICCAPS.
Aproveitando as oportunidades criadas pela Indústria 4.0, o FOOTure 4.0 assenta em quatro prioridades estratégias, revela a associação: “criar formas de interação com o cliente num contexto digital e em rede; melhorar a flexibilidade, tempo de resposta ao cliente, inteligência de negócios e sustentabilidade; qualificar o setor para a Indústria 4.0, tonando-o mais dinâmico, inovador e capaz de criar novos negócios; melhorar a inteligência e imagem do setor.” Para concretizar estes quatro objetivos, o novo roteiro do setor coloca em marcha 14 medidas, assentes em quatro eixos estratégicos.
“Inovação da Experiência do Cliente” é o mote do primeiro eixo e prende-se com o contacto reduzido que a indústria do calçado tem atualmente com o cliente final. Com este roteiro, pretende-se criar uma aproximação entre a indústria e o cliente, nomeadamente através do desenvolvimento de novos modelos de negócios, utilização de estratégias omnicanal e adoção de processos de cocriação com o cliente.
Já o segundo eixo foca-se na “adoção de tecnologias e processos destinados a aprofundar a produção rápida e flexível”, com o intuito de gerar transformações ao nível do desenvolvimento do produto e prototipagem eficiente, reformulação da cadeia de valor em termos mais colaborativos e sustentáveis e, em termos genéricos, a digitalização dos processos.
A qualificação está no centro do terceiro eixo estratégico. O cluster pretende “atrair jovens e criar novas competências, qualificar a gestão de topo das empresas e promover o empreendedorismo qualificado”.
Finalmente, o quarto eixo gira em torno das atividades de “Liderança Setorial e Coordenação do Plano” a cargo da APICCAPS e do CTCP, contemplando “a coordenação do plano de ação e as ações de benefício coletivo como a inteligence ou a promoção da imagem coletiva de uma indústria ou cluster”.
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