Shandong Ruyi prestes a ser processada por fornecedor português
A proprietária chinesa da Aquascutum, da SMCP ou da Bally, que atualmente enfrenta dificuldades de tesouraria, terá que responder às acusações da fabricante portuguesa de tecidos Calvelex relativamente a faturas não pagas.

A fabricante portuguesa de tecidos Calvelex é um dos fornecedores da marca de luxo britânica Aquascutum. Depois de mais de 100 mil euros em faturas por saldar, a empresa planeia intentar uma ação judicial contra o grupo chinês.
A empresa portuguesa deverá arquivar os documentos necessários para concluir a sua queixa junto do tribunal de Hong Kong esta semana, de acordo com o Sunday Times.
A Shandong Ruyi é também proprietária das marcas Sandro, Maje e Claudie Pierlot. O grupo de luxo está a tentar posicionar-se como o equivalente chinês da LVMH usando para isso uma política agressiva de fusões e aquisições, e já gastou mais de 4 mil milhões de dólares (3,60 mil milhões de euros) na aquisição marcas estrangeiras.
Mas, esta estratégia não apresenta apenas vantagens: o rating de crédito do grupo foi recentemente reduzido devido às suas dificuldades em saldar as suas numerosas dívidas. Os empréstimos no total de 310 milhões de dólares (279 milhões de euros) venceram em outubro/novembro e a empresa também terá que desembolsar 345 milhões de dólares (310 milhões de euros) de fundos extraterritoriais em dezembro.
Segundo a Global Ratings, a Shandong Ruyi planeia vender vários dos seus ativos para desbloquear fundos.
No ano fiscal encerrado em março de 2018, a Aquascutum realizou vendas de 8 milhões de libras (9,43 milhões de euros), uma queda de 36%. O EBITDA é negativo, em -6 milhões de libras (-7,07 milhões de euros). As suas últimas contas para o ano fiscal deveriam ter sido publicadas há dois meses.
O império da Shandong Ruyi inclui também a Gieves & Hawkes e o grupo tem uma participação maioritária na fabricante de carteiras Bally.
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