Shein 'angaria novos fundos' e torna-se maior que a Inditex e H&M combinadas
Há alguns dias era apenas um rumor, mas agora a mega negociação de angariação de fundos da Shein parece ser uma realidade e torna a crescente loja eletrónica chinesa de moda rápida maior do que as duas primeiras lojas de moda a nível mundial, a espanhola Inditex e a sueca H&M.
A Bloomberg havia relatado anteriormente que estava à procura de mil milhões de dólares (917,74 milhões de euros) em novos fundos para lhe ser dada uma avaliação de cerca de 100 mil milhões de dólares (91,77 mil milhões de euros). Agora uma nova reportagem no The Wall Street Journal afirmou ter angariado "entre mil milhões e 2 mil milhões de dólares" (917,74 milhões e 1,84 mil milhões de euros) de investidores incluindo a General Atlantic, a Tiger Global Management e a Sequoia Capital China.
Isto coloca a sua avaliação acima dos 100 mil milhões de dólares e bate as avaliações combinadas da Inditex espanhola (68 mil milhões de dólares, ou 62,41 mil milhões de euros) e da H&M sueca (20 mil milhões de dólares, ou 18,35 mil milhões de euros).
Não obstante a notícia ter sido anunciada publicamente, a Shein – na sua abordagem habitual – recusou-se a comentar.
A empresa teve uma avaliação de mercado sugerida de apenas 15 mil milhões de dólares (13,77 mil milhões de euros) em 2020, mas o seu rápido crescimento e a sua utilização especializada de dados para impulsionar os produtos que vende tem visto a empresa tornar-se uma força importante a nível global, rivalizando o domínio de muitas marcas ocidentais na moda rápida global.
A Shein com sede em Guangzhou começou em 2008 a vender vestidos de noiva online. Foi fundada por Chris Xu. Atualmente, embarca para 250 países e é um utilizador hábil tanto de dados como de meios de comunicação social para visar um mercado jovem que é atraído pelos seus preços ultrabaixos e pela sua novidade contínua.
Foi a aplicação de compras mais descarregada nos EUA no ano passado e é agora o maior retalhista de moda rápida naquele país, bem como em muitos outros.
Abraçando a moda rápida descartável na forma como o faz, atraiu críticas num mundo mais focado na sustentabilidade, tal como a sua utilização de dados. Embora a empresa tenha defendido as suas políticas de armazenamento de dados e também tenha dito que o governo chinês não tem qualquer participação nem controlo sobre a empresa.
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