Reuters API Fashion
Estela Ataíde
19 de jan. de 2023
Shein procura levantar fundos e a sua avaliação é reduzida para 64 mil milhões de dólares
Reuters API Fashion
Estela Ataíde
19 de jan. de 2023
A retalhista de moda chinesa Shein está a tentar levantar até 3 mil milhões de dólares para atingir uma avaliação reduzida de 64 mil milhões de dólares, informou o Financial Times, citando fontes próximas.

Esta última avaliação seria quase 36% abaixo dos 100 mil milhões de dólares em que a empresa foi avaliada no ano passado.
As players da tecnologia e as start-ups na bolsa americana sofrem sofrem com a grande queda do ano passado, agravada por aumentos agressivos nas taxas de juros, que fizeram com que o Nasdaq Composite Index, um peso pesado na tecnologia, caísse 33% em 2022.
A queda dos mercados mundiais após a invasão russa da Ucrânia e as posteriores sanções ocidentais representaram o golpe final, o que levou varias empresas, entre elas a Shein, a deixas de lado os seus planos de entrarem na bolsa de valores no Estados Unidos, segundo informou a Reuters no ano passado.
A retalhista online está a tentar fechar uma nova rodada de captação de fundos juntos dos investidores existentes, incluindo o fundo soberano de Abu Dhabi Mubadala, o grupo de capital de risco Sequoia China e o grupo de capital privado General Atlantic, segundo as informações reveladas.
"A Shein contesta a precisão de algumas das informações", disse um porta-voz da retalhista, recusando-se a dar mais detalhes.
A Shein, que não vende na China, tornou-se uma das maiores plataformas de moda online do mundo desde o seu lançamento em 2008 em Nanjing. A empresa produz roupa na China para vender online nos Estados Unidos (o seu principal mercado), na Europa e na Ásia. Produtos como vestidos por 10 dólares e tops de 5 dólares atraem centenas de milhões de visitantes ao site todos os meses.
A empresa faturou cerca de 100 mil milhões de yuans (cerca de 14,5 mil milhões de euros) em 2021 e foi avaliada em 50 mil milhões de dólares no mesmo ano.
A Shein recebe há muito tempo críticas pelas condições de trabalho da sua cadeia de aprovisionamento. Os seus preços excessivamente baixos e falta de transparência também levaram organismos de controlo laboral, como o Worker Rights Consortium and the Business e o Human Rights Resource Centre, a questionar como produz a sua mercadoria de forma tão barata.
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