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Estela Ataíde
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22 de out. de 2021
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Shiseido procura novas aquisições na Europa e Estados Unidos

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Estela Ataíde
Publicado em
22 de out. de 2021

No primeiro semestre de 2021, 30% das vendas do grupo de cosméticos japonês Shiseido foram geradas pela China, o seu maior mercado. Após ter assustado o mundo inteiro durante as primeiras semanas da pandemia de coronavírus, o consumo chinês está novamente sólido, impulsionado pela sua dinâmica classe média. Assim, em 2021, o mercado chinês da cosmética deverá atingir os 34,6 mil milhões de euros e registar um crescimento médio anual de 12,3% para se estabelecer dentro de três anos em 49 mil milhões de euros. Além de um mercado local de rápido crescimento, Masahiko Uotani, CEO da Shiseido, também espera que os turistas chineses voltem ao Japão no próximo verão.


A Shiseido procura aquisições na Europa e nos Estados Unidos


Mas, embora a China atraia mais do que nunca os grandes nomes da beleza, a crise do coronavírus também sublinhou que ser dependente deste mercado pode ser sinónimo de perigo. Assim, nas colunas do jornal Financial Times, o líder da Shiseido indica estar a considerar a aquisição de marcas de cuidados da pele noutros mercados, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. O grupo está igualmente a avaliar opções na Índia e em África.
 
Masahiko Uotani explica ao Financial Times: “Acreditamos que o potencial a longo prazo é extremamente elevado na China e vamos aproveitar esta oportunidade com firmeza. Mas, à medida que a nossa dependência aumenta, haverá questionamentos sobre contingências e gestão de portefólio, por isso queremos fortalecer ainda mais os nossos esforços nos Estados Unidos e na Europa."

Esta estratégia de diversificação surge numa altura em que a Shiseido, após os resultados de 2020 serem fortemente afetados pela crise da saúde, se reestruturou significativamente nos últimos meses com a ambição de se concentrar no segmento de cuidados da pele.
 
Em fevereiro, a gigante japonesa assinou um acordo para vender o seu negócio de produtos de higiene e beleza ao fundo de investimento CVC, através de uma transferência de ativos por 160 mil milhões de ienes (1,3 mil milhões de euros). No final de agosto, as marcas Buxom, BareMinerals e Laura Mercier foram vendidas pela empresa japonesa à AI beauty Holding Limited, uma estrutura formada pela empresa Advent International, por 700 milhões de dólares. 

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