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Novello Dariella
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8 de nov. de 2017
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Sidney Toledano deixará a Christian Dior e será substituído por Pietro Beccari

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
8 de nov. de 2017

Sidney Toledano vai deixar o seu cargo de CEO na Christian Dior e será substituído por Pietro Beccari, CEO da Fendi. Esta é uma grande mudança na direção da LVMH, que deverá ser seguida por outras.


Pietro Beccari, CEO da Fendi, que assumirá a Dior - Archiv


Toledano deixará a Dior em janeiro. No entanto, o diretor permanecerá dentro do grupo e assumirá o cargo de Pierre-Yves Roussel como diretor e CEO da LVMH Fashion Group, as "pequenas" marcas do grupo: Céline, Kenzo, Loewe, Marc Jacobs e Emilio Pucci.
 
Roussel deve ser nomeado consultor especial do diretor e CEO da LVMH, Bernard Arnault. No entanto, acredita-se que os seus dias na LVMH podem estar contados e que Roussel está a pagar o preço pelas grandes perdas da Marc Jacobs. No ano passado, Arnault disse que estava "mais preocupado com a Marc Jacobs do que com Donald Trump". Dito isto, Roussel tem reputação de ser um grande caça-talentos, colocando Phoebe Philo à frente da Céline, Carol Lim e Humberto Leon na direção artística da Kenzo, e Jonathan Anderson na Loewe, atualmente o designer mais aclamado do grupo de luxo.

A chegada de Beccari pode ser um presságio da saída da diretora artística da Dior, Maria Grazia Chiuri, que Toledano colocou à frente do estilo em 2016. Fontes afirmaram que Arnault tem sido muito crítico com Maria Grazia Chiuri.

"Aparentemente, Arnault não está entusiasmado com Maria Grazia Chiuri e, com a chegada de Pietro Beccari, pode querer solucionar isso", disse uma fonte próxima do assunto. "Do ponto de vista de Arnault, Chiuri teve muita liberdade para fazer exatamente o que queria na Dior, como abrir a sua própria pop-up Dior na Avenue Montaigne".

A novidade da saída de Sidney Toledano acontece oito meses após a LVMH anunciar planos para adquirir a Christian Dior Couture, um acordo que avaliou a marca de moda e acessórios em 6.5 mil milhões de euros. A LVMH já detém a Parfums Christian Dior e com esta jogada adicionará a marca histórica que este ano comemora o seu 70º aniversário. No último exercício fiscal, as vendas da Christian Dior Couture cresceram 5% para 1.9 mil milhões de euros.

Os observadores da indústria concordam que estas mudanças, como substituir Toledano por Beccari, fazem parte de um plano normal de sucessão. Desde que Beccari foi nomeado CEO da Fendi, em fevereiro de 2012, a marca italiana com sede em Roma viu os seus números triplicarem, alcançando mais de mil milhões de euros.

Nem Toledano nem Beccari quiseram comentar o assunto.

Ainda não se sabe quem será o sucessor de Beccari na Fendi, mas muitos apostam em Nicola Brandolese, ex-executivo da Luxottica, o grupo gigante de ótica, que se juntou à LVMH em julho e tem sido capaz de dar sequência ao trabalho de Beccari na Fendi desde o último verão.

A nova posição de Toledano também é prova da grande estima de Arnault , ao colocá-lo como responsável pelas marcas do Fashion Group da LVMH, o maior conglomerado de luxo do mundo. O seu novo cargo terá um caráter de supervisão e estratégia mais do que gestão diária.

Toledano juntou-se à Dior em 1994 sob a liderança do CEO François Baufumé antes de assumir o cargo deste em 1998. Sob a sua liderança, a empresa teve diferentes designers e lançou a Dior Homme, com direção criativa do brilhante, mas volátil, estilista Hedi Slimane. Toledano também geriu habilmente a crise ocorrida em 2011, quando John Galliano foi filmado a fazer comentários anti-semitas num café em Paris e, como consequência, retirou-o do seu cargo.

"Sidney passou 20 anos no cargo mais alto da Dior. Como executivo de luxo, esta é uma carreira impressionante. Não devemos esquecê-lo e ele ainda tem um bom trabalho a ser feito", disse uma das fontes.
 

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