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Estela Ataíde
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14 de nov. de 2017
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Simon Whitehouse deixa a J.W. Anderson, tornando-se no mais recente CEO a sair do império LVMH

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
14 de nov. de 2017

As mudanças não param na LVMH, com mais um CEO do grupo a preparar-se para abandonar uma das suas marcas mais prósperas. Simon Whitehouse, o respeitado e enérgico CEO da J.W. Anderson, deixará a empresa no final do ano. 


Simon Whitehouse - Facebook - Facebook


Whitehouse chegou à J.W. Anderson em junho de 2014, quando se tornou o primeiro diretor geral da jovem marca. A sua chegada aconteceu menos de um ano depois de a LVMH ter adquirido uma participação minoritária na marca, que foi fundada por Jonathan Anderson em 2008. As notícias da sua futura partida chegam cinco dias depois de a LVMH ter sido forçada a confirmar que, no final de janeiro, Sidney Toledano abandonará o seu cargo como CEO da Christian Dior, a marca de moda mais famosa do grupo de luxo. Anderson também tem sido muito aclamado, ao longo dos últimos quatro anos, pela sua prestação enquanto diretor criativo de outra marca de moda importante no universo LVMH: a Loewe, a insígnia com sede em Madrid muitas vezes referida como a Hermès de Espanha.

Whitehouse, com quem conseguimos entrar em contacto na sede da marca em Shacklewell Lane, em Dalston, o bairro de eleição entre os designers emergentes, situado no leste de Londres, confirmou que irá sair no final do ano, mas recusou fazer qualquer comentário. A LVMH já estaria a conduzir entrevistas com potenciais candidatos para suceder a Whitehouse. No entanto, nem Chantal Gaemperle, vice-presidente executiva de Recursos Humanos da LVMH, nem Hélène Freyss, diretora de comunicação do grupo – cujos respetivos escritórios informaram que ambas estavam “muito ocupadas com reuniões” – devolveram os telefonemas da FashionNetwork.com.

Segundo algumas fontes, a partida é amigável e acontece devido ao desejo de Whitehouse de mudar de estilo de vida. Aficionado de maratonas, Whitehouse planeia arrecadar no próximo ano, numa série de corridas, 1 milhão de dólares, que reverterão a favor da Mind, uma instituição de caridade focada na saúde mental. Whitehouse já tinha pressagiado a sua saída eminente na sua conta do Instagram (@simonsrockyroad), onde publicou imagens de Abraham Lincoln, acompanhadas por citações do antigo presidente dos Estados Unidos, onde se lia: “And in the end, it’s not the years in your life that count, it’s the life in the years.” (algo como “E, no fim, não são os anos na tua vida que contam, mas sim a vida nesses anos”).


J.W. Anderson - primavera-verão 2018 - Moda masculina - Florença - © PixelFormula


Whitehouse deixa a empresa com uma excelente reputação. Durante o seu reinado de quatro anos, foi fundamental na conexão da marca com parceiros importantes. Este outono, o designer nascido no Ulster, Irlanda do Norte, lançou uma colaboração com a Converse, após apresentar a coleção à imprensa e compradores durante a Pitti Uomo, em Florença, em junho. O executivo também supervisionou a associação com a gigante japonesa de retalho Uniqlo, que resultou na criação de uma coleção-cápsula de 34 peças, que começaram a ser vendidas a 21 de setembro em mais de mil lojas em todo o mundo.
 
Antes de ingressar na J.W. Anderson, Whitehouse, que nasceu em Leeds, ocupou cargos executivos na Matthew Williamson e na Diesel. Oriundo do Norte, tal como Anderson, embora do Norte de Inglaterra e não da Irlanda do Norte, como o designer, Whitehouse também inaugurou o site de comércio eletrónico da marca. Compreensivelmente, os observadores são da opinião de que este CEO não será fácil de substituir.

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