Portugal Textil
29 de jun. de 2021
Slowing Ethical Closet leva sustentabilidade a sério
Portugal Textil
29 de jun. de 2021
A marca de moda com um cariz assumidamente ecológico leva o conceito verde à letra e traz peças de edição limitada para o mercado. Além da utilização de algodão orgânico e tecidos reciclados, o destaque vai para a aplicação de têxteis biodegradáveis feitos à base de plantas, que vão desde pétalas de rosa às fibras de banana.
Dando asas ao movimento de slow fashion, a Slowing Ethical Closet aposta na utilização de materiais orgânicos na coleção Eywa, um nome que remete exatamente para a proteção do equilíbrio com a natureza.
A insígnia, que se apresenta como sem género, ecológica e descontraída, nasceu em 2021 e foi criada por Tatiana Terreiro, uma portuguesa a residir na Suíça que quis oferecer aos consumidores uma marca que se diferenciasse por padrões de qualidade, estéticos e também pelo respeito em relação ao ambiente e ao trabalho artesanal. Neste sentido, a Slowing Ethical Closet possui somente coleções de edição limitada, compostas por peças exclusivas produzidas e estampadas à mão com corantes vegetais e tecidos amigos do ambiente que dão vida às camisas e quimonos da marca, que conta com certificações como a GOTS, FairTrade e Ecological Plant Fiber Certification.
«As peças são desenhadas na Suíça e produzidas na Índia, onde o block printing ainda se pratica por alguns artesãos locais, especialmente em Jaipur. Estes artesãos merecem toda a atenção da Slowing, empenhada em dar continuidade a esta arte, por um lado, e em garantir trabalho e boas condições de vida em meios que são bastante rurais, por outro», revela a insígnia em comunicado, destacando que os padrões recorrem a técnicas de estamparia ancestrais como o block printing, que privilegia as cores naturais, ao invés de compostos químicos nocivos tanto para a saúde como para o meio ambiente. «Estas cores são feitas a partir de nozes, frutos, flores e vegetais, sendo não só inofensivas para a natureza, como parte desta», salienta a Slowing Ethical Closet.
Os corantes não são a única preocupação da marca consciente ambientalmente e que afirma levar a «sustentabilidade a sério», visto que além do algodão orgânico e dos tecidos reciclados são aplicados também têxteis biodegradáveis concebidos à base de plantas como o cânhamo, pétalas de rosa, fibras de banana, laranja, bambu, soja e aloé vera pelas propriedades que possuem. «A consciência ambiental é a linha orientadora de uma marca 100% alinhada com a mãe natureza e que brilha pelas fantásticas cores provenientes de tingimentos naturais e pela aposta em tecidos biodegradáveis à base de frutos, vegetais e flores», confirma a marca, cujos artigos estão à venda online, com possibilidade de envio para todo o mundo.
Propriedades conscientes
Segundo a Slowing Ethical Closet, as pétalas de rosa providenciam uma «suavidade sem igual», com propriedades termorreguladoras, de regulação do pH da pele e proteção contra a radiação ultravioleta.
O uso do cânhamo deve-se ao facto de ser um material «durável e robusto», cuja produção requer menos 50% de água e terra quando comparada com o algodão, sem precisar de fertilizantes ou pesticidas, absorvendo ainda mais carbono do que aquele que produz. A mesma lógica para o algodão orgânico, que protege em simultâneo a pele. A suavidade é a propriedade inerente ao aloé vera. Por sua vez, a fibra de banana é um dos materiais prediletos da marca, também pela suavidade no interior e pelo caráter robusto do exterior, que permite criar peças de roupa mais duradouras, respiráveis e confortáveis. «[O bambu] não requer pesticidas ou fertilizantes para se desenvolver (…) As peças de vestuário resultam muito respiráveis, absorvem facilmente a humidade e são naturalmente hipoalergénicos, eliminando qualquer tipo de odor», conclui.
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