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Europa Press
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
8 de fev. de 2022
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Tendam retoma planos de regressar à bolsa após contornar Covid-19 e reduzir dívida

Por
Europa Press
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
8 de fev. de 2022

A Tendam, que reúne as marcas Cortefiel, Pedro del Hierro, Springfield, Women'secret, Hoss Intropia, High Spirits, Slowlove e Fifty, não deixou de lado os planos de regressar à bolsa e continua a dar passos com o objetivo de voltar ao mercado de ações após ter contornado a Covid-19 e reduzido a sua dívida, embora não haja data prevista para isso, segundo informaram à Europa Press fontes familiarizadas com o processo.


Arquivo - Tendam


Desta forma, a empresa retoma a sua intenção de voltar a ser cotada em bolsa, algo que os fundos CVC e PAI, proprietários da empresa, já consideravam em 2018 com o objetivo de regressar à bolsa em 2019, apenas um ano antes da pandemia.
 
A empresa recusou comentar esta possibilidade e limitou-se a destacar que está focada em acelerar o seu modelo de transformação Tendam 5.0 e em continuar a criar valor para acionistas, funcionários e sociedade.

“O comportamento da Tendam está a ser muito positivo e acima das expectativas iniciais”, acrescentou a empresa, cuja receita total registou 258,8 milhões de euros durante o terceiro trimestre do seu exercício fiscal de 2021, mais 31,3% do que no mesmo período de 2020 e superando em 2,5 milhões de euros o valor das vendas no terceiro trimestre de 2019.
 
Além disso, a Tendam pagou antecipadamente 132,5 milhões de euros de financiamento, a totalidade do empréstimo ICO que havia sido concedido à empresa em maio de 2020.
 
Segundo a edição desta terça-feira do jornal espanhol Cinco Días, as primeiras avaliações da proprietária da Cortefiel, Springfield ou Women'secret para a sua possível entrada em bolsa rondam os 2 mil milhões.

A empresa esteve cotada na bolsa de valores de 14 de julho de 1994 até ao final de março de 2006, apenas quase um ano após a CVC, PAI e Permira chegarem a um acordo para partilharem o controlo da empresa em três partes iguais, agora apenas duas após a saída de Permira em julho de 2017.
 
Os três fundos de capital de risco desembarcaram na empresa têxtil em junho de 2005 e retiraram-na do mercado de ações após assumirem o controlo maioritário da empresa detida nessa altura pela família Hinojosa por um valor de 1,44 mil milhões de euros.

No verão de 2017, a CVC e a PAI adquiriram a participação que a Permira mantinha no Grupo Cortefiel numa operação que avaliou a empresa em mil milhões de euros.
 
Especificamente, ambos os fundos de capital de risco, que até ao momento detinham cada um 33% de participação no Grupo Cortefiel, compraram os outros 33% da Permira, de modo que permaneceram os únicos proprietários em partes iguais, constando entre os seus planos a entrada em bolsa da empresa.
 
Morgan Stanley, Credit Suisse e Nomura foram escolhidos em 2018 para executar a entrada em bolsa. Os três bancos de investimento tinham a tarefa de lançar o IPO e encontrar o melhor momento, que seria no final da primeira parte de 2019, mas acabou por não se concretizar.

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