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9 de dez. de 2021
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Têxteis Polopiqué e Lameirinho compensam com 200 e 500 euros cada funcionário

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9 de dez. de 2021

A empresa têxtil vimaranense Polopiqué – que está entre as 11 que conceberam os Uniformes Expo 2020 Dubai, este mês agraciados com o Prémio ModaPortugal 2021 – acabou de distribuir um prémio de 200 euros por cada um dos cerca de mil colaboradores. O mesmo aconteceu com a Lameirinho, que também colaborou na feitura dos uniformes, e conta com cerca de 700 trabalhadores, oferecendo a cada um o prémio de 500 euros. Ambas as empresas de Guimarães praticam salários acima do ordenado mínimo nacional, entre outros benefícios. 


Uniformes Expo 2020 Dubai divulgados pela Polopiqué - Facebook: Polopiqué


O jornal O Minho relevou o facto de a Polopiqué se distinguir por fixar o patamar mínimo salarial em 700 euros, 35 euros acima dos 665 euros do salário mínimo nacional deste ano. Porém, o Correio do Minho afirmou que tanto a Polopiqué como a Lameirinho pagam ordenados acima dos 700 euros.

Após a redução de encomendas com a pandemia, “sentimos uma retoma. Houve uma alteração na forma das encomendas, menos quantidade e mais vezes. Acabou por nos permitir fechar o ano de 2020 com valores semelhantes aos anos anteriores e este ano também vai bem encaminhado”, disse a administração da Polopiqué ao jornal O Minho.

Segundo este periódico, a empresa debate-se com a falta de mão de obra e, por isso, além de pagar acima do salário mínimo, oferece a todos os funcionários e seus familiares diretos um seguro de saúde e vida. As refeições na cantina têm também o custo simbólico de um euro, sendo esse valor encaminhado para instituições de solidariedade.

O bracarense Correio do Minho considera uma medida para atrair trabalhadores, uma vez que são já duas empresas têxteis de Guimarães a aderirem à mesma e o setor têxtil no Vale do Ave apresenta dificuldades em encontrar mão-de-obra.

Assim, os prémios “de final de ano” começam a surgir como regra, que o Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes considera "uma espécie de 'adoçar a boca' para que não haja a tentação de sair à procura de melhores condições", alertou o Correio do Minho. “Por cada trabalhador que consigam convencer a assinar pela sua empresa, ganham um x”, referiu o coordenador do sindicato, Francisco Vieira, ao jornal, reforçando que profissionais como costureiras ou tecelões “são alvo de uma procura muito grande e escasseiam no mercado”.


Equipa da Lameirinho na Feira de Frankfurt - Facebook: Lameirinho


Por sua vez, a Lameirinho, que também participou na feitura dos Uniformes Expo 2020 Dubai, e conta com cerca de 700 trabalhadores, ofereceu a cada um o prémio de 500 euros, acrescido ao ordenado normal e ao subsídio de Natal. A empresa disse que quis partilhar uma parte dos resultados com os seus funcionários, agradecendo-lhes o contributo para o cumprimento dos compromissos com os clientes.

Ainda segundo Francisco Vieira, tanto a Polopiqué como a Lameirinho pagam ordenados acima dos 700 euros: “As empresas estão a ser obrigadas a abrir os cordões à bolsa, a dar alguns ‘miminhos’ aos trabalhadores, para segurar os seus efetivos e para convencer outros de que necessitam ingressar nos seus quadros".

No entanto, na mesma sub-região do Ave, não faltam empresas têxteis que não hoje, mas há décadas, compensam os funcionários no final de cada ano, pelo seu bom desempenho, distribuindo lucros e oferecendo viagens, entres outros bónus, como mostra do agradecimento pelas metas alcançadas. Uma delas á a Crispim Abreu, que trabalha com Agatha Ruiz de la Prada e Miguel Vieira, entre outros designers renomados e marcas de todo o mundo.
 

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