Têxtil de Famalicão admitiu mais 82 trabalhadores em 2013, inovação é o segredo

Famalicão – A têxtil Riopele, em Famalicão, admitiu em 2013 mais 82 novos trabalhadores, contabilizando atualmente 1017, um crescimento em contraciclo com a economia portuguesa que só é possível graças à inovação e à “forte tendência exportadora”, afirmou a administração.

Segundo números divulgados durante a visita do ministro da Defesa à empresa, a Riopele investe por ano 1,5 milhões de euros em investigação e desenvolvimento. “Hoje a empresa já não tem 4.000 colaboradores, mas resiste à crise dos têxteis inovando”, sublinhou a administração.

A Riopele registou, em 2012, um volume de negócios de 57 milhões de euros, um valor “com tendência a aumentar” no final do corrente ano.

As exportações rondam os 98%, sendo os seus principais mercados os Estados Unidos da América, Rússia, China, Japão, Coreia e União Europeia.

A Riopele, que em 2013 completou 86 anos, evoluiu de uma pequena empresa familiar para uma organização “em grande escala”, integrando verticalmente as áreas da fiação, da tecelagem, da tinturaria e dos acabamentos.

Produz tecidos para “marcas de top”, sendo a sua capacidade de produção superior a 700 mil metros por mês.

Em termos nacionais, trabalha há mais de 25 anos para o Exército português, fornecendo tecido para a farda “camuflado”, entre outras.

A Riopele foi hoje visitada pelo ministro da Defesa Nacional, no âmbito do conjunto de visitas que o José Pedro Aguiar-Branco fez nos últimos dias a empresas e entidades integrantes da Base Tecnológica e Industrial para a Defesa.

Uma ocasião aproveitada pela administração para manifestar disponibilidade e vontade de “trabalhar mais” para as Forças Armadas portuguesas.

Os responsáveis da Riopele pediram a intervenção do ministro para que os concursos públicos tenham regras que permitam aumentar “o valor português” no fornecimento de fardamento às Forças Armadas, uma questão que Aguiar-Branco prometeu analisar.

Foto: Arquivo