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20 de abr. de 2023
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Têxtil e moda têm de fazer mais pelas marcas próprias

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Jornal T
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20 de abr. de 2023

“O setor têxtil português tem muito músculo e qualidade reconhecida: representa cerca de 10% das exportações nacionais. Mas, o que é feito com as marcas nacionais é ainda muito reduzido em termos de volume de negócio”, disse o presidente da ATP, Mário Jorge Machado, na abertura da Conferência ‘Têxtil e o Futuro’.


Mário Jorge Machado (fotografias de autoria de Teresa Pacheco Miranda)


Em debate estava o futuro do Portugal Fashion, tema de abertura da conferência organizada pela Associação Portuguesa de Logística (APLOG), que decorreu esta quarta-feira na Universidade Católica do Porto e de que o T Jornal foi media partner.

“Temos de explorar a possibilidade de aumentar a ligação entre o sector têxtil e do vestuário e a moda, seja ela de marcas ou de autor”, acrescentou Mário Jorge Machado. A sua intervenção seguiu no sentido de salientar o potencial do país para criar marcas próprias. “O ponto win-win seria criarmos marcas e colocá-las a nível mundial. Temos uma base produtiva forte, a ideia é criar produtos que sejam diferenciadores”.

Para o presidente da ATP, “o consumidor procura produtos que combinem design e sustentabilidade e a têxtil portuguesa é conhecida pela sua vertente sustentável e inovadora”. Mário Jorge Machado abordou ainda a importância de implementar o passaporte digital como garantia de transparência: “estamos na Europa, não há consumidor que não queira comprar produtos ‘made in Europe’, resultado de uma imagem construída também pela Itália e pela França”. É preciso aproveitar.

Da mesa redonda, que contou também com a participação de Mónica Neto (ANJE), Carlos Bessa (Turismo Porto e Norte) e Rui Gomes (DHL), ficou a ideia de que o Portugal Fashion tem ativos muito importantes entre os quais ter muita gente que quer assistir aos desfiles. O futuro passa por reajustar o projeto de forma que fique menos dependente dos fundos comunitários e mais robusto pela agregação de novos nomes do panorama da moda nacional.

“Sentimos que há uma ambição própria mas depois do lado operacional há um trajeto que tem de ser seguido para corresponder aos fundos comunitários existentes”, revelou Mónica Neto, diretora do Portugal Fashion. “Queremos ter uma estratégia que responda às necessidades dos nossos stakeholders, porque neste momento o PF foca-se muito na moda de autor”, continuou. “Mais do que um projeto ANJE o Portugal Fashion é Portugal e é necessário promover o país enquanto referência na moda, ao mesmo tempo que promovemos o hub industrial”, finalizou.

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