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6 de fev. de 2017
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Têxtil nacional mira este ano Espanha, Alemanha, EUA e países nórdicos

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Agência LUSA
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6 de fev. de 2017

Espanha, Alemanha, países nórdicos e EUA são os “mercados estratégicos” definidos este ano pela Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) para promover a imagem daquela indústria, dado o “grande potencial de desenvolvimento” das exportações ali detetado.

Em comunicado, a ATP adianta que o programa de reforço da imagem do têxtil e vestuário português - designado “Fashion from Portugal” - promoverá preferencialmente os subsetores das marcas, moda e ‘design’, do ‘private label’ (produção com a marca de outra empresa) e do têxtil-lar.


Segundo explica, as ações de comunicação a desenvolver no âmbito deste programa “serão preferencialmente coordenadas com feiras têxteis e de moda que a ATP, em consórcio com a Associação Seletiva Moda, já organiza”, de forma a “amplificar os efeitos da presença comercial de empresas do setor nessas mostras e nesses mercados”.

Entre as ações a organizar a ATP refere os editoriais de moda e publicidade em revistas especializadas, os ‘outdoors’ junto dos recintos das feiras e intervenções “mais transversais” em revistas temáticas e vídeos, sendo o objetivo central “promover de forma coerente, organizada e consequente a nova e valorizada imagem da fileira da moda têxtil nacional”.

No caso de Espanha - que se destaca como o principal cliente da indústria têxtil e vestuário portuguesa, ao absorver 36% das respetivas exportações, num valor anual superior a 1,8 mil milhões de euros - o “Fashion from Portugal” é hoje apresentado oficialmente na MOMAD Metropolis, em Madrid, e dias 22 e 23 na BSTIM, em Igualada, depois de ter já participado em julho passado no San Sebastian Showroom, em San Sebastian.

Uma aposta que a ATP justifica com o facto de as vendas para Espanha estarem “em permanente e sólido crescimento, revelando que ainda há mercado para ser conquistado”.

Por outro lado, refere a associação, a Espanha é o principal fornecedor têxtil e vestuário de Portugal, com vendas na ordem dos 1,6 mil milhões de euros que expressam “a forte presença das marcas espanholas no mercado doméstico português”.

Segundo recorda a ATP, as exportações da indústria têxtil e vestuário portuguesa somaram 5.000 milhões de euros em 2016, antecipando o “objetivo estratégico” que o setor tinha traçado para 2020 e representando 70% do volume de negócios de 7,2 mil milhões de euros do setor.

Como resultado, o setor terminou o ano com um saldo líquido anual da balança comercial de mais de 1,1 mil milhões de euros.

Um valor que, salienta, “só tinha sido obtido no início da primeira década do século” e ilustra como a indústria têxtil e vestuário portuguesa conseguiu “reconverter e modernizar o seu tecido empresarial” de forma a alcançar “os melhores resultados agora com metade das empresas e trabalhadores que então possuía”.

“Atualmente a indústria têxtil e vestuário portuguesa organiza-se num ‘cluster’ dinâmico, essencialmente localizado na região litoral Norte do país, onde se podem encontrar empresas de todos os subsetores da fileira – fiações, tecelagens, acabamentos, malhas, confeção, têxteis-lar e têxteis técnicos - que funcionam de forma complementar e sinérgica, apoiadas por um desenvolvido sistema científico e tecnológico, no qual se destacam o Centro Tecnológico da Indústria Têxtil e Vestuário ( CITEVE ) e o Centro de Nanotecnologia e Materiais Avançados ( CENTI )”, refere a associação.

Como “pilares da nova realidade da indústria têxtil e vestuário portuguesa” a ATP aponta a moda, o ‘design’, a inovação tecnológica, a logística e a internacionalização das empresas que, destaca, nas duas últimas décadas transformaram o paradigma “do preço para o valor” e aproveitaram a proximidade geográfica e cultural aos principais clientes para apostarem numa “resposta rápida e flexível” que atualmente lhe permite oferecer “o ‘lead time’ [tempo de entrega] mais curto do mundo, entre as duas e as seis semanas”.

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