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Stylo Urbano
Publicado em
13 de jan. de 2017
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Tidal Vision busca no descarte da pesca inspiração para suas criações

Por
Stylo Urbano
Publicado em
13 de jan. de 2017

Quando tu comes um fruto do mar, já pensaste o quanto foi desperdiçado na produção antes de chegar ao prato?  Quando um peixe como o salmão é cortado em filés, sua pele é removida e, muitas vezes, descartada.
 
A mesma coisa acontece com as cascas de caranguejo, lagosta e camarão, também descartadas. Agora, uma empresa do Alasca pretende transformar esses resíduos da indústria da pesca em carteiras, roupas e muito mais.

 
Tidal Vision queria reduzir o desperdício e incentivar a pesca sustentável, reciclando os subprodutos descartados pela pesca comercial. Anualmente, milhões de toneladas de resíduos da pesca de peixes e caranguejos estão a ser descartados no mar. Esse desperdício alimentou a paixão do ex-pescador americano, Craig Kasberg, para encontrar maneiras de utilizar o que é descartado pela pesca de peixes e crustáceos e, com isso, criar novos produtos sustentáveis.
 
Para resolver o problema dos resíduos, Craig criou junto com um amigo a Tidal Vision em 2015 no Alasca visando a aproveitar o couro do salmão e a quitina/quitosana (um polímero extraído de cascas de caranguejos e camarões).

A Tidal Vision rapidamente desenvolveu maneiras de produzir artigos de consumo com o uso de apenas produtos à base de vegetais para curtir o couro do salmão e criar uma bela linha de carteiras, cintos e bolsas.
 
Além disso, a empresa desenvolveu uma maneira sustentável de transformar cascas de caranguejos em fibra de quitosana, combinada com cânhamo, algodão e tencel, criando assim camisolas e meias. 
 
A marca desenvolveu ainda uma técnica de processamento sustentável de circuito fechado para extrair a quitosana, permitindo a plena utilização da casca do caranguejo. O subproduto do processo é então transformado num fertilizante orgânico chamado Tidal Grow e em outros produtos.
 
As fibras de quitosana são biodegradáveis, biocompatíveis, não tóxicas, bem como naturalmente inibidoras do crescimento de bactérias e microrganismos, sendo uma alternativa mais saudável e sustentável do que as nanopartículas de prata utilizadas pela indústria têxtil, para acabar com o odor nas roupas.
 
Graças à sua preocupação com o ecossistema, a Tidal Vision promete apenas usar subprodutos de pesca gerida de forma sustentável para garantir a existência dos recursos do Oceano para as gerações vindouras.
 
Essa empresa é mais um exemplo de bioeconomia e economia circular transformado o quer era visto como lixo orgânico em novos produtos de alto valor acrescentado.

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