
Dominique Muret
17 de jan. de 2017
Tim Coppens faz sua estreia europeia no Pitti Uomo

Dominique Muret
17 de jan. de 2017
É uma atmosfera apocalíptica do fim de mundo que Tim Coppens escolheu para revelar a sua coleção outono-inverno 2017-18. No antigo edifício do hipódromo de Florença, o convidado de honra do salão masculino Pitti Uomo transpôs seu próprio regresso à Europa em seu espetáculo, imaginando um jovem Nova-iorquino fã de motocross chamado de Max, em referência a Mad Max, viajando pela primeira vez ao Velho Continente, onde ele encontra a jovem rebelde Tequila acompanhada do seu cavalo branco...

Formado pela Royal Academy of Fine Arts de Antuérpia em 1998, o criador belga, que é também desde junho de 2016 o diretor de criação da Under Armour Sportswear, elegeu Nova Iorque para domicílio, onde ele fundou em 2011 a sua marca de pronto-a-vestir e desfila as suas coleções.
"É a primeiríssima vez que desfilo na Europa, onde não sou ainda muito conhecido, nem distribuído", explica o designer de 41 anos, que diz ter cerca de cinquenta clientes multimarcas, sobretudo nos Estados Unidos e na Ásia. "Esta participação no Pitti Uomo é uma grande oportunidade para mim, para explicar o espírito da minha marca", reitera.
Para passar melhor a mensagem, Tim Coppens organizou no evento uma festa after-show com vídeos e música, durante a qual foi apresentado um livro focado na sua coleção e em sua inspiração.

A etiqueta é inteiramente produzida na Europa, em especial em Itália e em Portugal. Ela oferece uma silhueta centrada principalmente no guarda-roupa masculino. Um sportswear de luxo, bem cuidadoso nos detalhes. "Há elementos de desporto, mas não se trata de uma linha desportiva. Eu mesclo materiais técnicos e cortes mais clássicos", resume o criador.
Os manequins calçam botas de motociclista com solado grosso e escondem seu olhar por trás dos óculos de ciclistas de tamanho máxi. Os casacos em tweed apresentam-se sobre as calças semelhantemente a agasalhos.
Mangas de tecido técnico cáqui pegam carona com um colete tartã com grandes bolsos impermeáveis, as blusas trazem grandes colarinhos forrados. A palavra "Acid" aparece incrustrada na manga de uma malha de lã. Grandes mangas de lã. Um vestido amarelo de tamanho máxi com tiras finas aparece com mangas de lã.

Presentes há três anos nas coleções, os looks femininos dobraram de importância esta temporada, uma vez que o designer deseja ampliar a sua oferta neste segmento.
"A moda feminina se inscreve ainda na continuação daquela voltada aos homens, com silhuetas quase similares, mas há desta vez mais peças. A oferta é mais completa, com vestidos, saias e malha. A linha vai crescer e é realizada por um novo parceiro, o fabricante italiano Pier, especializado na alta gama", aponta Tim Coppens.
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