Agência LUSA
12 de fev. de 2016
Trabalhadores têxteis em greve às horas extra contra redução do valor pago
Agência LUSA
12 de fev. de 2016
Lisboa (Lusa) – Os trabalhadores das empresas filiadas na ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal podem fazer greve a partir de sexta-feira ao trabalho suplementar, num protesto que visa garantir que os patrões não baixem o valor pago pelas horas extra.
O pré-aviso da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis (Fesete) permite que os trabalhadores façam greve a partir de 12 de fevereiro e por tempo indeterminado, estando em causa as empresas filiadas na ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal ou as que não pertencem àquela associação patronal mas que sigam as suas orientações.
O diferendo entre trabalhadores e patrões reunidos na ATP tem que ver com o facto desta associação patronal ter considerado a caducidade do Acordo Coletivo do Trabalho do setor, o que os sindicatos discordam, e de querer alterar o valor pago pela hora extra aos trabalhadores.
Segundo a dirigente sindical Isabel Tavares, com a caducidade do ACT “passaria a haver a redução a 50%” do valor do trabalho suplementar (horas extra), uma vez que passaria a vigorar o valor geral previsto no código laboral em vez do previsto na contratação coletiva, que é mais favorável aos empregados têxteis.
Além disto, a ATP quer ainda deixar cair os feriados do Carnaval e municipal e os dias de férias adicionais, o que os trabalhadores também contestam.
A dirigente sindical disse que esta pressão dos trabalhadores já deu algum resultado: "A maior parte das empresas não acataram a decisão da associação patronal e deram o feriado”, afirmou.
A ATP é, segundo a sindicalista, a única associação patronal com que não foi possível os sindicatos chegarem a um entendimento, ao contrário de outras associações do setor, como ANIVEC - Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção ou APICCAPS - Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado.
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