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24 de jan. de 2022
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Ulysse Nardin e Girard-Perregaux deixam universo Kering

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Estela Ataíde
Publicado em
24 de jan. de 2022

O grupo de luxo francês Kering anunciou na segunda-feira que irá vender "toda a sua participação no Sowind Groupe SA, que detém as fabricantes suíças de relógios Girard-Perregaux e Ulysse Nardin, à sua atual direção".


Coleção Ulysse Nardin - Ulysse Nardin


A Kering explica esta venda pela vontade de “dar prioridade às maisons com potencial para atingirem uma dimensão significativa à escala do Grupo e às quais pode dar um apoio decisivo a longo prazo”.
 
Patrick Pruniaux, CEO da Girard-Perregaux e da Ulysse Nardin desde 2018, assegura no comunicado de imprensa da Kering: "Sobre as fundações sólidas construídas graças ao apoio e investimentos da Kering, temos todos os meios necessários para implementar um projeto de longo prazo capaz de garantir o desenvolvimento sustentável das duas marcas."

Em 2011, a PPR, na altura o nome do grupo Kering, subiu no capital da Sowind, tornando-se acionista maioritário com 50,1% das ações. A transação permitiu-lhe adquirir as marcas Girard-Perregaux, uma casa criada em 1791 em La Chaux-de-Fonds, e JeanRichard.
 
Em 2014, quando o setor relojoeiro passava por uma fase de crescimento espetacular, a Kering adquiriu então a Ulysse Nardin, uma marca de renome fundada em Le Locle em 1846, conhecida nomeadamente pelos seus cronómetros marítimos.
 
As duas marcas de alta relojoaria irão sair do universo da Kering "no final do primeiro semestre de 2022" e "os impactos financeiros ligados a esta venda serão reconhecidos nas contas encerradas a 31 de dezembro de 2021", indica o grupo de luxo.

Em 2020, a componente joalharia-relojoaria do grupo francês representou 6% do seu volume de negócios global, que ascendeu a 13,1 mil milhões de euros. Perante um mercado relojoeiro de luxo cujas perspetivas de crescimento parecem bastante limitadas nos próximos anos (entre 1% e 3% por ano segundo a McKinsey), o grupo liderado por François-Henri Pinault parece decidido a sair deste segmento. Após um ano de 2020 no seu nível mais baixo, o setor parece, no entanto, estar a recuperar novamente. No mês passado, a Federação da Indústria Relojoeira Suíça observou que as exportações de relógios suíços estavam a crescer em 2021 em relação a 2019, com um aumento de 2,1% em relação ao período comparável do início de janeiro ao final de novembro.
 
O grupo Kering mantém, no entanto, o seu potencial na alta joalharia, um mercado mais forte, com as marcas Dodo, Pomellato, Qeelin e Boucheron.
 
No terceiro trimestre de 2020, a Kering faturou mais de 4 mil milhões de euros em vendas, mais 10% do que no mesmo período de 2019. A atividade do grupo foi especialmente impulsionada pelas suas atividades na América do Norte, enquanto os seus negócios na Ásia-Pacífico registaram uma desaceleração relacionada com a crise sanitária mundial.
 
Com AFP

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