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22 de jan. de 2019
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Universidade de Aveiro pensa a roupa do futuro

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22 de jan. de 2019

Vestuário com ecrãs táteis. A ideia pode soar digna de um filme de ficção científica, mas está cada vez mais perto de se tornar real. Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) colaborou no desenvolvimento de uma técnica pioneira que permite entrelaçar fibras eletrónicas em tecidos têxteis, o que poderá “evolucionar a criação de dispositivos eletrónicos vestíveis para uso numa variedade de aplicações diárias, desde o acesso ao correio eletrónico até aos diagnósticos médicos”, revela a instituição de ensino num comunicado.
 

Fibra têxtil com pixel luminoso incorporado - Fotografia: Divulgação


Desenvolvida em parceria entre o CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro (unidade de investigação da UA), o centro de investigação em têxteis CENTEXBEL (Bélgica) e a Universidade de Exeter (Inglaterra), esta técnica inovadora “integra os dispositivos eletrónicos no tecido, revestindo fibras eletrónicas com componentes leves e duráveis“, que permitirão que imagens e sinais luminosos sejam apresentados pelo próprio tecido.
 
O trabalho desenvlvido pelas equipas das três instituições pretende assim dar resposta aos problemas das roupas eletrónicas atuais, nas quais os dispositivos são colados nos tecidos, o que os torna rígidos e potencialmente mais sujeitos a danos, explica a UA.

Helena Alves, investigadora do CICECO, explica que se trata de “uma técnica que permite integrar dispositivos baseados em grafeno diretamente em fibras têxteis, mantendo o aspeto, flexibilidade e toque do tecido”. “Para já, criámos sensores de toque, tal como os usados nos ecrãs sensíveis ao toque, e dispositivos que emitem luz.”
 
“A combinação destes dispositivos permite, por exemplo, criar touch-screens em tecidos ou objetos revestidos com têxteis, para visualizar informações”, garante a coordenadora da UA. E, tendo ambos os dispositivos sido fabricados com métodos compatíveis com métodos e requisitos industriais, está garantida a possibilidade de reprodução industrial.
 
Graças a esta descoberta, os investigadores acreditam que será possível revolucionar a criação de dispositivos eletrónicos vestíveis para utilização em diversas aplicações do quotidiano, seja para aceder ao e-mail através da roupa ou para monitorizar o estado de saúde através de sensores que permitem a medição da frequência cardíaca e da pressão arterial, por exemplo. 

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