Vendas da LVMH crescem 9% no quarto trimestre

O grupo francês de artigos de luxo, LVMH, registou um aumento de 9% nas vendas no quarto trimestre, graças aos consumidores da Europa e dos Estados Unidos, que intensificaram as compras durante a crucial temporada de festas, ajudando a compensar parcialmente as interrupções relacionadas com a doença de COVID-19 na China.

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As vendas do maior grupo de luxo do mundo totalizaram 22,7 mil milhões de euros (24,65 mil milhões de dólares) no último trimestre do ano, com o aumento de 9% em base orgânica, um pouco acima da estimativa de crescimento de 7% dos analistas, de acordo com um consenso citado pela UBS. Isto marcou uma desaceleração, no entanto, em relação ao crescimento de 20% registado nos primeiros nove meses do ano, devido ao impacto dos bloqueios na China e subsequente saída de uma política de zero Covid.

"A China caiu acentuadamente no quarto trimestre", disse o diretor financeiro do grupo, Jean-Jacques Guiony, a repórteres. "O mercado chinês tem sido complicado devido às restrições de saúde... o segundo trimestre foi difícil, o terceiro melhor e o quarto complexo novamente", disse, acrescentando que a pandemia "se espalhou como um fogo" depois que as autoridades relaxaram as restrições de viagens em dezembro, causando problemas em armazéns, lojas e redes de distribuição. "Todos ficaram doentes, tão simples como isso", referiu. No entanto, a situação tem melhorado consideravelmente desde o início do ano.

A LVMH, um conglomerado que abrange bebidas alcoólicas, cosméticos e moda e é considerado um termómetro para a indústria de luxo em geral, não dá detalhes sobre as suas marcas. Mas disse que, em 2022, a sua etiqueta Louis Vuitton ultrapassou 20 mil milhões de euros em vendas pela primeira vez, cerca de um quarto das receitas totais do grupo no ano.

"Com o mês de janeiro a começar bem e apesar de um ambiente geopolítico e económico incerto, a LVMH está confiante na sua capacidade de continuar o crescimento observado em 2022", afirmou o grupo em comunicado.