Vendas da Fast Retailing (Uniqlo) registam queda de 3,3% no primeiro trimestre
O grupo japonês Fast Retailing anunciou na quinta-feira (9) os resultados do primeiro trimestre do ano fiscal de 2020, que teve queda de 3,3% nas vendas, para 623,4 mil milhões de ienes (5130 milhões de euros). A queda foi atribuída principalmente à sua atividade em Hong Kong, cenário de protestos durante vários meses, mas também à Coreia do Sul (um país em tensão com o Japão, que incluiu um boicote aos produtos de consumo).

De setembro a novembro de 2019, o lucro operacional da empresa caiu 12,4%, para 91,2 mil milhões de ienes (750,5 milhões de euros), ante 104,6 mil milhões no ano anterior. O lucro líquido foi de 70,9 mil milhões de ienes (-3,5%).
Considerando apenas o seu carro-chefe, a marca Uniqlo, as vendas caíram 5,3% no Japão (233 mil milhões de ienes), mas o lucro operacional foi positivo (+1,6%). As vendas também diminuíram no estrangeiro (-3,6%, para 280,7 mil milhões de ienes), algo mais incomum.
Para explicar o que aconteceu com a exportação, a marca de moda apontou os maus resultados registados na Coreia do Sul e Hong Kong, mas também o clima muito bom globalmente (a empresa conta com grande oferta de produtos para o frio). No entanto, apenas na Europa, a Uniqlo viu a sua atividade "crescer em dois dígitos", graças ao bom desempenho em Espanha, Holanda e Itália, onde se estabeleceu em setembro de 2019.
Em relação ao portefólio de Global Brands (-11,4% no primeiro trimestre), que inclui as marcas Gu, PLST, Comptoir des Cotonniers e Princesse tam tam, o grupo não forneceu muitos detalhes, mas destacou que a Comptoir des Cotonniers sofreu o mesmo prejuízo observado no ano passado.
Os baixos resultados levaram o grupo japonês a reduzir as suas ambiciosas previsões anuais. A Fast Retailing prevê 60 mil milhões de ienes a menos no ano fiscal de 2020, ou 234 mil milhões de ienes (19,2 mil milhões de euros). Isso implica um crescimento anual de 2,2%, ante os 4,8% previstos anteriormente. A empresa também prevê um lucro operacional inferior, de 11%. Portanto, os resultados do segundo trimestre serão cruciais para a Fast Retailing.
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