A L'Oréal anunciou que registou um aumento de 13% nas vendas do primeiro trimestre do ano, superando as expectativas. O resultado deve-se aos Estados Unidos e Europa, onde os compradores ignoraram o aumento de preços. Apesar disso, a empresa francesa de beleza disse que ainda não beneficiou com o fim das restrições relacionadas com os surtos de COVID-19 na China.

As vendas do grupo de cosméticos, que comercializa marcas como a Maybelline e a Lancôme, totalizaram 10,38 mil milhões de euros (11,37 mil milhões de dólares) no primeiro trimestre do ano, encerrado no final de março. O aumento de 13% em base orgânica superou as expectativas de crescimento de 8,1% dos analistas, de acordo com uma estimativa consensual citada pelo Barclays.

As vendas na Europa e na América do Norte cresceram 16% e 16,6%, respetivamente, com a empresa a sinalizar um forte desempenho dos seus produtos de consumo, que têm vindo a tornar-se mais sofisticados, bem como da sua divisão de beleza dermatológica, que vende a marca de cuidados para a pele, CeraVe.

Na China continental, a empresa disse que as vendas de luxo ficaram estáveis devido aos baixos stocks. A procura do consumidor e tráfego nas lojas foram retomados a partir de fevereiro.

No início deste mês, a L'Oréal anunciou a aquisição da marca de luxo australiana Aesop, até então parte do grupo brasileiro de beleza Natura & Co., por 2,53 mil milhões de dólares, a sua maior aquisição de marca até ao momento, com a meta de a expandir internacionalmente, inclusive na China.