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Novello Dariella
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13 de mai. de 2020
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Vendas da Revlon diminuem 18% em resultado do surto de COVID-19

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
13 de mai. de 2020

A Revlon Inc., com sede em Nova Iorque, anunciou, segunda-feira (11 de maio), que registou uma queda de 18,1% na receita do primeiro trimestre, com o fecho de lojas relacionado com a pandemia de COVID-19, deixando um impacto significativo nas vendas da empresa.


O aumento das vendas online da Revlon não foi suficiente para compensar a queda resultante do fecho temporário das lojas. - Instagram: @revlon

 
Durante o primeiro trimestre encerrado a 31 de março de 2020, as vendas líquidas da Revlon totalizaram 453 milhões de dólares, abaixo dos 553,2 milhões de dólares obtidos no mesmo período do ano passado, refletindo um impacto negativo estimado em cerca de 54 milhões de dólares como resultado da crise do novo coronavírus.

O segmento Revlon da empresa, composto pelas principais marcas, alcançou vendas trimestrais de 181,8 milhões de dólares, 26,5% a menos que o mesmo período do ano passado, enquanto o segmento Elizabeth Arden registou uma queda de 14,5% nas vendas líquidas, para 95,2 milhões de dólares, uma vez que a descida na receita de produtos de cuidados para a pele e maquilhagem, foi parcialmente compensada pelo aumento nas vendas de produtos para a pele à base de ceramidas.
 
O segmento, que inclui marcas como a Almay, American Crew, CND, Cutex e SinfulColors, registou vendas líquidas de 110 milhões de dólares, uma queda de 6,1% em relação ao ano anterior, com maiores receitas de desodorizantes antitranspirantes Mitchum e produtos de tratamento de unhas Cutex, ajudando a compensar a queda nas vendas de maquilhagem e produtos masculinos.

As vendas trimestrais no segmento de perfumes foram de 66 milhões de dólares, uma diminuição de 14,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em termos geográficos, a Revlon registou queda de 16,2% na receita na América do Norte, onde as vendas totalizaram 233,5 milhões de dólares, abaixo dos 278,7 milhões alcançados anteriormente, enquanto as vendas internacionais caíram 20%, passando de 274,5 milhões para 219,5 milhões de dólares.

Num comunicado à imprensa, a presidente e CEO da Revlon, Debbie Perelman, destacou o progresso observado no comércio electrónico, constatando que as vendas no canal cresceram 47% ano a ano, representando mais de 12% das vendas totais do grupo no primeiro trimestre.
 
Apesar disso, o prejuízo líquido trimestral da Revlon aumentou para 213,9 milhões de dólares, ou 4,02 dólares por ação diluída, perante um prejuízo líquido de 75,1 milhões de dólares, ou 1,42 de dólares por ação diluída, no mesmo período do ano anterior.


A Revlonestá a ver sinais de recuperação com fortes vendas na China e noutros mercados - Revlon


"Embora os nossos negócios tenham sido severamente afectados, durante o primeiro trimestre de 2020, pela atual pandemia mundial de COVID-19, tomamos medidas muito agressivas para mitigar esses efeitos e estamos confiantes de que estamos bem posicionados para continuar a nossa transformação e manter a posição de liderança na categoria de beleza", declarou Perelman. "A beleza é um sector resiliente e já estamos a ver sinais de recuperação com fortes vendas na China e noutros mercados".

Enquanto outras empresas recorrem a várias estratégias diferentes para manter a liquidez durante a crise de saúde, a Revlon firmou um novo empréstimo a prazo de 880 milhões de dólares em 7 de maio de 2020, usando uma parte para compensar o seu empréstimo a prazo de 200 milhões de dólares de 2019.

Segundo a direção da própria empresa, a Revlon dispõe atualmente de aproximadamente 600 milhões de dólares em liquidez total.
 

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