Vendas e lucro da VF Corp caem devido à baixa receita da Dickies e Vans
A empresa norte-americana de vestuário e calçado, VF Corporation, comunicou na terça-feira (6 de fevereiro) que registou um decréscimo de 3% nas receitas do terceiro trimestre, para 3,5 mil milhões de dólares, ou + 3% em dólares constantes, com um decréscimo de 3% nas suas quatro principais marcas e -2% nas restante do seu portfólio.
A empresa com sede em Denver, Colorado, disse que as receitas da The North Face cresceram 7%, para 1,3 mil milhões de dólares, enquanto que as da Vans caíram 13%, para 900 milhões de dólares, e as da Timberland mantiveram-se estáveis com 595 milhões de dólares no trimestre que terminou a 31 de dezembro. A receita da marca Dickies caiu 16%, para 177 milhões de dólares, e a divisão Outras Marcas da empresa, em especial a da Supreme, caiu 2% no mesmo período.
Por região, a EMEA e Américas tiveram uma queda de 2%, respectivamente, enquanto que a Ásia-Pacífico diminuiu 7%, devido às restrições relacionadas o COVID-19 na China continental.
A empresa registou um "desempenho equilibrado" nos canais direto ao consumidor e grossista, e observou que os problemas da cadeia de abastecimentos persistiram no trimestre "e estão a ser abordados, com ações em andamento para retornar ao serviço completo para o cliente, com um custo normalizado".
Com isto, o resultado líquido trimestral caiu para 507,8 milhões de dólares, face a 517,8 milhões no período anterior.
"Temos o prazer de reafirmar a perspectiva de lucro por ação para o ano de 2023, recentemente relatada, de aproximadamente 3% de crescimento de receita, após enfrentar um terceiro trimestre fiscal difícil", disse Benno Dorer, presidente e CEO interino.
"Passar as últimas semanas com as equipas dedicadas e talentosas da VF em todo o mundo reforçou a minha convicção de que a nossa empresa tem grandes oportunidades. Estamos comprometidos em melhorar a execução através de um maior enfoque nas maiores oportunidades de consumo e um melhor rendimento operacional. Em consonância com esse objetivo, estamos a mudar as prioridades de recursos em toda a empresa, reduzindo o dividendo, explorando a venda de ativos não estratégicos, cortando custos e eliminando despesas não essenciais, ao mesmo tempo em que fortalecemos o foco no consumidor através de investimentos direcionados", acrescentou.
"Confiamos que estas medidas nos permitirão regressar a um crescimento rentável e sustentável e, com isso, obter uma forte criação de valor para o acionista", comentou Dorer.
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