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12 de mai. de 2017
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Vender 20 milhões em 2020 é a meta do grupo Falcão

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Jornal T
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12 de mai. de 2017

Fechar  o ano de 2020 com uma faturação de 20 milhões de euros é o objetivo redondo que o grupo Falcão fixou a si próprio, sendo que este crescimento desejado nas vendas deverá ser propulsionado pela subida na cadeia de valor e não necessariamente no aumento da capacidade.


“O caminho virtuoso para o crescimento está na inovação, em vender produtos com maior valor acrescentado, onde as margens são naturalmente maiores do que nos básicos”, explica António Falcão (na foto), o líder deste grupo constituído por duas unidades industriais: a Têxtil António Falcão (que fabrica meias de senhora e fios de poliamida) e a Fitexar (fios de poliester).

Com o centro de gravidade em Barcelos, o grupo Falcão tem um volume de negócios que ronda os 14 milhões de euros, dos quais cerca de 25% feito com a venda de produtos técnicos, percentagem que pretende elevar para o patamar dos 80% até ao final desta década.

Esta aposta em produtos mais técnicos não é isenta de riscos, como sublinha Falcão, que apresentou os fios reciclados como grande novidade nesta sua terceira presença consecutiva na Techtextil, que decorre até amanhã na Messe Frankfurt.

“Fomos os primeiros em Portugal a fabricar fios reciclados. Estamos sempre na linha da frente”, explica Falcão a propósito desta aposta com que pretende fazer surf em cima  da onda da preocupação com o ambiente e a sustentabilidade do planeta que se está a apoderar dos consumidores.

O problema é que – pode parecer estranho mas é verdade -, produzir fios reciclados fica muitíssimo mais caro (quase o dobro) do que a matéria base habitualmente usada para fabricar fios de poliester ou poliamida.

A matéria prima, constituída por um preparado obtido a partir de restos de garrafas e sacos de plástico, começa logo por ser mais cara. Depois há que contabilizar os custos do investimento num novo processo produtivo – certificação, auditorias, desenvolvimento do produto, testes e ensaios, amostras para os clientes …

“Às vezes investir no desenvolvimento de um novo produto fica bem mais caro do que comprar máquinas. E, à partida, nunca podemos adivinhar se vai ou não resultar. O resultado é sempre uma incógnita. No caso concreto dos fios reciclados, sabemos que há procura mas ainda é cedo para saber se, atendendo ao preço mais elevado, eles vão ou não ser um sucesso”, alerta António Falcão, que até ao final deste ano vai investir mais de meio milhão de euros em máquinas que lhe permitam a continuar a escalada na cadeia de valor.

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