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Novello Dariella
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23 de set. de 2017
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Versace: uma carta de amor visual de Donatella ao seu irmão, Gianni

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
23 de set. de 2017

Numa homenagem brilhantemente concebida, Donatella Versace comemorou, na sexta-feira, o 20º aniversário da morte do seu irmão Gianni, fundador da Versace, com uma coleção que lembrou os seus momentos de glória e não o seu fim trágico.


Versace - primavera-verão 2018 - Moda feminina - Milão - © PixelFormula


"Esta é uma homenagem a uma lenda. Ele era um génio. Gianni, você sempre reconheceu como as mulheres são poderosas. Ajudou-as a reerguerem-se. Obrigada", escreveu a cantora Violet, que comandou a banda sonora do desfile realizado na Semana de Moda de Milão.

Os momentos magníficos de Gianni nos anos noventa, apresentando a sua alta-costura no Ritz em Paris ou os seus deslumbrantes desfiles prêt-à-porter no seu palácio privado na Via Gesù, foram celebrados. Uma revista deixada em cada assento evocava o evento, "Homenagem a Gianni Versace, Celebração da sua Vida e Obra".

Todas os estampados foram retirados do seu arquivo. O Golden Baroque (barroco dourado), de 1991, (visto num quarteto de jovens modelos a desfilar juntas) as imagens inspiradas em Warhol, de 1991, o Animalier, de 1992, Trésor de la Mer, de 1992, e Borboletas, de 1995.
 
A coleção estava repleta de detalhes visuais da moda do estilista: o famoso tecido de Gianni feito para Cindy Crawford numa capa da Vogue foi utilizado num look cocktail  usado pela filha da supermodelo, Kaia Gerber. O desfile incluiu até um vestido vintage, original da coleção Native American, do outono-inverno de 1992. Usado com entusiasmo por Natasha Poly, a sua plumagem de couro densa provou ser muito difícil de ser reproduzida.
 
"Bom, ótimo, lindo!”, exclamou o diretor criativo da Yves Saint Laurent e ex-estilista da linha Versus, da Versace, Anthony Vaccarello, que se sentou na primeira fila, ao lado de Pierpaolo Piccioli e Alessandro Michele.

No finale, uma grande cortina branca foi levantada para revelar cinco lendárias supermodelos: Carla Bruni-Sarkozy, Claudia Schiffer, Naomi Campbell, Helena Christensen e, naturalmente, Cindy Crawford. Todas elas a usar os vestidos mais incríveis e imagináveis, na malha metálica que Gianni desenvolveu pela primeira vez em 1994. Donatella marchou junto com elas na passarela, sendo ovacionada em pé pelo público presente no centro de arte contemporânea La Triennale di Milano.

"Todos os anos, Gianni vivia intensamente; ao longo da sua carreira criou coleções que até hoje são consideradas uma referência e inspiração cultural", disse Donatella na revista.

Por algum motivo insondável, o backstage de Donatella foi fechado novamente. Este é o terceiro desfile consecutivo este ano em que manteve assim o backstage. Uma estranha decisão, uma vez que esta mulher naturalmente espirituosa é uma vantagem tão poderosa para a marca.
 
Assim, no final, foi deixada uma recordação emocionante e reveladora do grande designer que foi Gianni Versace, cuja morte trágica roubou à moda e ao mundo do estilo um dos seus maiores criadores. Um grande momento.

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