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Portugal Textil
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11 de nov. de 2021
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Vestuário recupera a duas velocidades

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Portugal Textil
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11 de nov. de 2021

Os mais recentes números mostram que as exportações portuguesas de vestuário estão em recuperação, tendo, entre janeiro e setembro, somado mais 391 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado. No entanto, o vestuário em tecido continua bastante abaixo dos valores de 2019.



De acordo com um comunicado da ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção, nos primeiros nove meses do ano, as exportações de vestuário sentiram um crescimento na ordem dos 21% em comparação com o período homólogo de 2020, para 2,29 mil milhões de euros. Uma tendência que «continua a ser dinamizada pelo vestuário de malha, com o vestuário de tecido ainda muito aquém dos valores de 2019», aponta a associação.

As exportações de vestuário em malha acumularam um crescimento de 28% em relação a 2020 e de 7,1% face a 2019. No caso do vestuário de tecido, o aumento foi de 2,9% em comparação com 2020, mas face a 2019 a queda é de 22,2%.

Em termos de mercados, Espanha, apesar de continuar 21,8% abaixo do valor de 2019 (que se cifrou em 940 milhões de euros), recuperou 15,8% das exportações de vestuário em relação a 2020, indica a ANIVEC, contando agora com um total de 735,1 milhões de euros – o que representa uma quota de mercado de 32,1%.

França está igualmente a aumentar as suas compras de vestuário em Portugal (+21,1% do que em 2020 e +12,9% do que em 2019), assim como a Alemanha (+16,8% e +13,5%), o Reino Unido (+14,2% e +2%), Itália (+27,3% e 16,5%), Países Baixos (+38,3% e +14,1%) e EUA (+42,8% e 21,4%). Aliás, entre os 10 principais mercados, apenas Espanha está negativo.

Na análise por mercado e tipo de produto, o cenário é muito semelhante para o vestuário em malha, onde apenas Espanha regista uma queda (-13,8%) face a 2019. O cenário é, contudo, muito diferente no vestuário em tecido, onde apenas França (+0,6%), Países Baixos (+0,9%) e Dinamarca (+7,8%) apresentam comparações positivas em relação a 2019 e, mesmo face aos números de 2020, há mercados “no vermelho”, nomeadamente a Alemanha (-8,3%), Itália (-4,7%), Dinamarca (-8,8%) e Suíça (-23,8%).

«As exportações de vestuário, em termos agregados, continuam a evoluir positivamente, aproximando-se dos valores pré-pandemia. No entanto, reiteramos que esta recuperação está a ser muito lenta no vestuário de tecido», destaca César Araújo, presidente da ANIVEC. «O vestuário de malha continua a apresentar uma evolução francamente positiva em diversos mercados de referência. Mas, assistimos ainda a sérias dificuldades no vestuário de tecido, onde, por exemplo, o mercado espanhol, com um peso acima de 36% das exportações, permanece 36,4% abaixo do valor de 2019», acrescenta.

No total, as exportações da indústria têxtil e vestuário registaram, entre janeiro e setembro de 2021, uma subida de 16,1% face a 2020 e de 1,6% em comparação com 2019.

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