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10 de nov. de 2016
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Web Summit Lisboa: Casaco inteligente chega ao mercado em 2017

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Agência LUSA
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10 de nov. de 2016

Um casaco cuja tecnologia integrada no tecido possibilita que a manga funcione como um ecrã, permitindo controlar algumas das funcionalidades de um smartphone enquanto se conduz uma bicicleta foi hoje apresentado na Web Summit, começando a comercialização em 2017.

Projeto Jacquard - Foto: Google e Levi's


No último dia da primeira edição da Web Summit em Portugal, tiveram lugar diferentes painéis sobre a moda, num dos quais foi apresentado o projeto Jacquard, que torna possível introduzir interatividade de toque e gesto em qualquer têxtil usando teares industriais padrão, transformando objetos quotidianos, como roupas e móveis, em superfícies interativas.

Numa parceria entre a Google ATAP (Advanced Technology and Projects group) e a marca de roupa Levi Strauss & Co., a tecnologia Jacquard foi integrada num casaco desenhado para utilizadores urbanos de bicicletas, peça de vestuário que vai começar a ser comercializado em 2017.

A tecnologia permite que os utilizadores controlem a utilização do seu smartphone e acedam à música ou a mapas diretamente através da manga do casaco, o que, segundo os responsáveis pelo projeto, pode ser especialmente útil quando é difícil utilizar um telefone, por exemplo quando andamos de bicicleta.

Ivan Poupyrev, o responsável técnico do projeto, explicou que a da "Google não pretende transformar-se numa empresa de moda, mas espera ajudar as empresas a incluir funcionalidades digitais nos tecidos".

Casaco preparado pelo Projeto Jacquard - Foto: Google e Levi's


Com o casaco vestido e depois de fazer uma pequena demonstração de como funciona, Paul Dillinger, da Levi Strauss & Co., explicou que "para transferir o interface do telefone para a ganga era necessária a perícia de uma empresa Google", sendo "uma das principais barreiras para conseguir uma tecnologia usável na forma de roupa a ausência de conhecimento porque ninguém o conseguiria fazer sozinho".

Paul Dillinger disse ainda que, depois de colocado o sensor na área específica, que neste caso é a manga, "não fica acessível tudo aquilo que o telefone faz, mas é possível fazer aquilo que precisamos num telefone sem olhar para o ecrã".

Ivan Poupyrev observou que apesar de esta tecnologia Jacquard ter neste caso uma aplicação em concreto, os ciclistas urbanos, o desenvolvimento de uma plataforma permite que rapidamente se mude e altere a aplicação para outras peças em específico.

"Estamos abertos e a falar com diferentes marcas para ver como esta tecnologia pode ser aplicada a outras peças de vestuário", antecipou ainda o responsável.

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