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Estela Ataíde
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14 de set. de 2018
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Who’s Next Première Classe fecha com balanço positivo

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
14 de set. de 2018

Atualmente a ser transformado, o organizador de salões WSN Développement esperava que este trabalho começasse a dar frutos para a edição do Who's Next Première Classe que teve lugar na Porte de Versailles de 7 a 10 de setembro. A julgar pela satisfação das equipas e pelo tom geralmente positivo que percorreu o evento durante os quatro dias, essa esperança concretizou-se. 


Pavilhão 4, setembro de 2018, visto de cima - WSN Développement


Após um primeiro recomeço há um ano, com uma edição de setembro 2017 que havia invertido a tendência descendente do número de visitantes, o Who's Next Première Classe reivindica um novo aumento para esta edição de setembro de 2018. A organização diz, assim, que o salão recebeu 43.500 visitas durante os quatro dias, o que representa um aumento de 3,2%. Obviamente, não se trata de um salto, e alguns dos pavilhões, como o 4 - com uma área especial para o universo urbano - sofreram por vezes de uma calmaria um pouco pronunciada. Mas, é ainda assim uma confirmação de uma tendência para regressar ao positivo.
 
Este aumento do número de visitantes deu-se graças ao contingente francês, em detrimento do internacional. Os representantes franceses foram assim responsáveis por 69% do total de visitantes (em comparação com 65% no mesmo período do ano passado). A escolha das datas de apresentação em setembro favorece claramente essa tendência, já que os compradores de exportação já fizeram as suas compras durante o verão. No top 5 internacional, os quatro primeiros lugares permanecem inalterados, com os italianos a liderarem à frente dos espanhóis, belgas e japoneses, mas os vizinhos suíços tiraram o quinto lugar aos britânicos.

"Está muito divido entre os expositores, mas para nós, marcas orientadas para o internacional, setembro é demasiado tarde no calendário de compradores... Eu sou pró-julho, mas sei que há também quem seja pró-setembro, é esse o eterno debate", diz Carole Deleuse-Gojon, diretora de operações da marca Suncoo. Outra questão espinhosa para o WSN Développement se o organizador quiser acompanhar as evoluções do mercado.

Enquanto espera que se reabra, ou não, o assunto das datas do salão de verão, este também se congratula por um outro aumento nesta temporada, o da comercialização dos stands, com um aumento de 4% no número de marcas em comparação com setembro de 2017, ou seja, mais de 1.400 no total. Um avanço permitido sobretudo pela abertura a novos universos de produtos, a verdadeira novidade deste salão, com espaços dedicados à beleza, aos acessórios mistos urbanos, à joalharia fina ou ainda ao beachwear. Uma nova abordagem "concept store" do salão, validada tanto pelos organizadores como pelos visitantes, que no global consideraram a oferta mais inspiradora durante esta edição e sobretudo mais próxima das tendências do mercado.


WSN Développement


"O tema African Street, o trabalho das equipas para fazer mexer o salão... estes foram fatores que transmitiram energia e, sobretudo, um estado de espírito que lembra aquele que tornou o Who's Next conhecido e que queremos recuperar", disse Frédéric Maus, codirigente da WSN Développement, que também destaca a dimensão festiva do evento como outro ponto positivo.

Dentro da dinâmica de movimento que o organizador agora imprime, foi também lançada nesta edição uma nova ferramenta, que poderá abrir caminho para futuras novidades. A nova aplicação promovida no salão na primeira quinzena de setembro deu a ver aos visitantes aquilo que a WSN chama de "espaço único". A partir deste interface, onde já é possível centralizar crachás, planos, mas principalmente coordenadas dos profissionais do salão, compromissos e conversas, poderão resultar novos recursos em futuros eventos. 

Uma ferramenta que deverá permitir manter contacto com todos os players uma vez que as portas do salão se fechem. E na qual o Who's Next Première Classe se apoiará para desenvolver a segunda fase da sua reestruturação. "Após a reorganização interna das equipas em dois polos estruturantes, o da oferta e o do"client success", anunciada há alguns meses, próxima etapa será agora repensar a nossa abordagem de marketing e comunicação", revela Frederick Maus.

"Já nesta edição, estima-se que o balanço é bom, porque progredimos na nossa missão principal, propor uma oferta que permita que os retalhistas trabalhem melhor. Para nós e para eles, o desafio é mudar um pouco os seus códigos, convencê-los a levar a cabo uma transformação connosco", conclui o dirigente, validando assim a linha de trabalho definida no final de uma edição de setembro de 2018 na qual os sinais foram globalmente positivos.

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