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Estela Ataíde
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13 de fev. de 2018
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Zadig & Voltaire aposta no Girl Power com um toque do movimento Me Too

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
13 de fev. de 2018

Vitória francesa em Chelsea: enquanto as nuvens se dissipavam finalmente em Manhattan, a Zadig & Voltaire apresentou uma coleção Girl Power com uma pitada de emancipação herdada do movimento Me Too.


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A coleção teve como ideia central raparigas a escolherem peças do guarda-roupa dos seus namorados, acrescentando um toque de ousadia a cada peça.
 
O ambiente foi definido mesmo antes do desfile, quando um pandemónio se instalou no momento em que chegaram ao local Naomi Watts e Natalia Dyer, estrela da série de sucesso da Netflix Stranger Things. A dupla deixou os paparazzi num frenesi no interior do Cedar Lounge, no bairro de Chelsea, em Manhattan. Em cada lugar, uma t-shirt de oferta para cada um dos convidados, desenhada pela fotógrafa italiana Micol Sabbadini. As t-shirts fazem parte de uma coleção-cápsula criada a propósito da 'Women’s March', que aconteceu em março de 2017, cujos lucros serão doados para a organização Every Mother Counts (Cada mãe conta).

Assim que os ânimos acalmaram, o elenco de modelos apareceu na passarela, liderado por uma beleza loira com um macacão de couro, de fecho aberto até à cintura, revelando o soutien, seguida por uma modelo vestida com um casaco de piloto oversized em lã, vestido t-shirt e collants de renda.
 
Os casacos de dupla abotoadura com padrão Príncipe de Gales, foram emprestados do namorado e usados como minivestidos cocktail – para uma silhueta esguia. Tudo muito ousado, mas nunca vulgar: uma coleção equilibrada e inteligente.

Os homens deste desfile misto também não eram nada tímidos: ficará sobretudo na lembrança um casaco em tartan vermelho, digno de um guitarrista de uma banda de rock.
 
Houve mesmo um momento 'Trash & Vaudeville' [nome de uma loja nova-iorquina lendária para o movimento do punk e contracultura], com excelentes estampados felinos usados em vestidos, botins e carteiras de motards. O resultado poderia ter sido de mau gosto, mas acabou por ser divertido.  
 
“Roupa masculina sim, mas com um toque feminino”, disse sorrindo a designer Cecilia Bonstrom, imediatamente antes de uma multidão de fãs chegar ao backstage.

A criadora sueca, que trabalha numa marca parisiense e dá um toque europeu ao imaginário americano, recebeu muitos aplausos pelo seu trabalho: um desfile de moda bem-sucedido, que se destaca na ligeiramente medíocre temporada nova-iorquina. 

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