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10 de jun. de 2015
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Zalando adquire o Bread & Butter

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10 de jun. de 2015

Reviravolta em Berlim. Zalando acaba de assinar uma carta de intenção para adquirir o Bread & Butter, em recuperação judicial desde dezembro passado.

Bread&Butter


O gigante alemão do e-commerce explica que a edição de julho será a última organizada pela estrutura atual. A Zalando não está a assumir as lojas conceito 14 oz., apenas o salão, seu nome é claro e, por conseguinte, o contrato de locação do antigo aeroporto de Tempelhof.
 
Na realidade, o administrador havia criado uma nova entidade jurídica para garantir a sobrevida do evento. Por meio de um comunicado, o Bread & Butter explica que a chegada da Zalando vai permitir colocar um termo, a partir de primeiro de outubro, ao processo judiciário. "Sempre estivemos convencidos da atratividade dos eventos de moda e da marca Bread & Butter e é por isso que optamos pelo prosseguimento da atividade desde o começo”, comenta Christian Graf Brockdorff, o administrador judiciário.

O principal evento do jeans e da moda urbana dos anos 2000 viu, ao longo das últimas temporadas, sua influência decrescer face à concorrência dos outros salões berlinenses e aos anúncios dos projetos não realizados, dentre os quais um retorno à Barcelona anunciado com grande pompa no verão passado antes de ser anulado. Com a Zalando, a situação é outra, é também um novo ator que entra no mundo dos salões profissionais. Um ator cujos consumidores estão no coração da estratégia e não os retalhistas.
 
"A equipa do Bread & Butter, assim como todos nós da Zalando estamos convencidos do lugar de Berlim, tanto hoje como amanhã, como metrópole da moda. É por isso que decidimos trabalhar juntos para criar um conceito forte e inovador, dando também acesso aos consumidores a este evento excecional", comenta David Schneider membro do conselho de administração da Zalando.
 
Um certo reconhecimento para Karl-Heinz Müller, cofundador do Bread & Butter, que queria no verão de 2014 passar o salão de 3 para 5 dias, dos quais dois voltados ao grande público.
 
Até que a aquisição seja efetivada, provavelmente nos fins do verão, as equipas estão a concentrar-se na próxima edição, que se desenrola de 7 a 9 de julho e que deve ser mais compacta com 120 expositores. O salão ocupará apenas 3 pavilhões, assim como a parte central do aeroporto (ex-Urban Base). Aliás, o aeroporto acolherá em mais um dos pavilhões o Cookies Show, o salão da moda infantil.
 
A Zalando realizou no ano passado um volume de negócios de 2,200 milhões de euros, exibindo avanço de 26% em relação ao ano anterior. Alta permitida tanto pela região DACH (Alemanha, Áustria e Suíça) com 1,200 milhões (+17%) quanto pelos outros países com 900 milhões de euros (+37%). De passagem, a empresa viu suas finanças ficarem no azul, com 82 milhões de euros de Ebtida.
 
Inicialmente virado aos calçados e aos acessórios, o portal abriu-se pouco a pouco ao vestuário, lançando até mesmo suas próprias coleções. Depois de se ter juntado recentemente à Gap, Asos e Topshop, o portal dispõe de mais de 1.500 marcas e reivindica 147 milhões de consumidores ativos e 100 milhões de visitas por mês.
 
Bruno Joly (com Matthieu Guinebault)

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