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Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
3 de set. de 2019
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Zara tenta distanciar-se da controvérsia dos protestos em Hong Kong

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Reuters API
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
3 de set. de 2019

A gigante têxtil Zara tentou não se ver envolvida na controvérsia dos protestos em Hong Kong e publicou uma declaração nas redes sociais chinesas na segunda-feira expressando o seu apoio à soberania da China sobre o centro financeiro asiático.


Zara


A Zara emitiu o comunicado após o jornal Ming Pao de Hong Kong questionar numa manchete se o fecho de quatro das lojas que a empresa tem em Hong Kong na segunda-feira seria um apoio à convocatória de greve por parte dos estudantes, uma pergunta que os utilizadores das redes na China partilharam e reproduziram.
 
A principal marca da Inditex declarou apoiar a política de "um país, dois sistemas" com o qual a China governa Hong Kong e indicou não ter apoiado as greves.

Neste momento, não está claro o motivo pelo qual a Zara decidiu não abrir as suas lojas na segunda-feira, tal como informou o Ming Pao, embora as lojas de Hong Kong geralmente fechem as suas portas quando ocorrem protestos nas proximidades.
 
A Zara não respondeu imediatamente a um e-mail no qual lhe foram solicitados comentários sobre o assunto.

A marca tornou-se trending topic na plataforma social chinesa Weibo e na terça-feira de manhã a hashtag "Zara statement" já havia sido consultada mais de 170 milhões de vezes.
 
Na segunda-feira, milhares de estudantes e universitários de Hong Kong boicotaram as aulas e manifestaram-se pacificamente a favor da democracia, após o fim de semana mais violento desde que os protestos começaram, há mais de três meses.
 
As marcas estrangeiras estão sob uma pressão cada vez maior por parte dos consumidores e reguladores chineses para se posicionarem a favor da soberania chinesa e das suas reivindicações territoriais quando surgem questões polémicas.
 
No mês passado, vários embaixadores chineses de diversas marcas de moda, da Coach à Givenchy, cortaram laços com as empresas devido a produtos que segundo estes violavam a soberania da China, ao identificar Hong Kong e Taiwan como países.

No ano passado, a Zara foi criticada nas redes sociais chinesas por colocar Taiwan, uma ilha auto-governada que a China considera uma província rebelde, numa lista suspensa de países no seu site chinês.

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