Reuters API
Estela Ataíde
17 de mai. de 2022
Zegna aponta para vendas acima de 2 mil milhões de euros no primeiro semestre
Reuters API
Estela Ataíde
17 de mai. de 2022
O grupo italiano Zegna, especializado em luxo, prevê alcançar vendas semestrais de mais de 2 mil milhões de euros, contra 1,29 mil milhões de euros no ano passado. A empresa revelou esta informação na terça-feira, durante o seu primeiro dia do investidor desde que entrou na bolsa, em Wall Street, no final de 2021.

Neste semestre, o grupo familiar aponta para uma margem operacional de, pelo menos, 15%, contra cerca de 10% no mesmo período em 2021.
A empresa controla a marca italiana de pronto-a-vestir masculino de luxo Zegna e a marca americana Thom Browne. Graças ao aumento da sua faturação, espera uma melhoria na rentabilidade das suas boutiques, o que deverá “compensar consideravelmente” os investimentos de marketing planeados para apoiar o desenvolvimento das suas marcas.
O grupo está há muito tempo comprometido com o meio ambiente e acaba de revelar a sua estratégia de RSC, que ainda não foi validada pelo conselho do grupo e será vinculada a bónus para os seus gestores.
Com sede no Piemonte, região no norte de Itália, a Zegna está entre as empresas pioneiras na proteção do planeta e já implementou medidas como a criação de oásis naturais perto da sua sede ou a utilização de materiais reciclados nas suas coleções.
Até 2024, a empresa comprometeu-se a utilizar apenas eletricidade de fontes sustentáveis na Europa e nos Estados Unidos. Até 2027, todas as suas operações mundiais serão afetadas.
Até 2026, mais de metade das principais matérias-primas utilizadas pelo grupo deverão ser totalmente rastreáveis, e essa percentagem deverá ultrapassar os 95% em 2030.
A partir do próximo ano, a Zegna plantará 10 mil árvores em cada cidade onde abrir ou mudar uma loja de local. Esta abordagem insere-se seu projeto de reflorestação, lançado pelo seu fundador no início de 1900.
A introdução em bolsa da Zegna aconteceu em dezembro em Nova Iorque, após uma fusão com a Investindustrial Acquisition Corp, uma SPAC (empresa sem atividade operacional) criada ad-hoc pelo fundo de investimento italiano Investindutrial e liderada pelo ex-diretor-geral do UBS, Sergio Ermotti.
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